Morte de Mahsa Amini continua a ser fortemente contestada
Grande parte da população do Irão está sem acesso à Internet. De acordo com o website NetBlocks, que faz a monitorização do acesso aos serviços online em todo o mundo, perto de três quartos das pessoas que vivem no país estão sem acesso ao serviço.
⚠️ Confirmed: Network traffic data show a major disruption to internet service in #Iran as mobile internet is cut off for many users; the incident comes amid a wave of new protests over the death of #MahsaAmini and reports of casualties 📵
— NetBlocks (@netblocks) November 21, 2022
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Esta confirmação surge numa altura em que continuam vários protestos em todo o país contra a repressão. Protestos esses que começaram após a morte de Mahsa Amini, uma jovem de 22 anos que morreu após ser detida pela polícia da moralidade por utilizar de forma incorreta o véu islâmico.
A quebra nos serviços de Internet surge também no dia em que a seleção de futebol do Irão se estreou no Mundial 2022, sendo que os jogadores optaram por não cantar o hino, em protesto contra a repressão que se tem feito sentir no país.
Já este domingo, na antevisão ao encontro com a Inglaterra, o jogador Ehsan Hajsafi tinha falado sobre os protestos, optando mesmo por se dirigir aos jornalistas na língua original, evitando assim eventuais más interpretações no seu país.
Pelo menos 342 pessoas foram mortas na repressão dos protestos, segundo a ONG iraniana de Direitos Humanos (TIC), com sede em Oslo.