Estrangeiros pagam mais 50% pelo metro quadrado das casas do que os portugueses

4 fev 2023, 15:00
Habitação (GettyImages)

Casas compradas por não residentes em Portugal custaram 2.250 euros o metro quadrado. Lisboa é a zona onde a diferença de valores pagos entre residentes e não residentes é maior

Nos 12 meses terminados em setembro de 2022, as casas transacionadas em Portugal representaram uma mediana de 1.446 euros o metro quadrado. Mas, analisando o tipo de comprador e o poder de compra, os imóveis adquiridos por não residentes foram bastante mais caros do que os adquiridos por portugueses. É na zona de Lisboa, a mais cara, onde a diferença de valores pagos é maior.

Entre outubro de 2021 e setembro de 2022, o valor mediano de alojamentos familiares transacionados em Portugal envolvendo compradores com domicílio fiscal no estrangeiro foi 2.250 euros por metro quadrado, mostram os dados do INE.

Já no caso das transações por compradores com domicílio fiscal em território nacional, o metro quadrado custou 1.415 euros. Feitas as contas, as casas compradas por não residentes são 835 euros (+50%) mais caras do que as compradas por residentes.

Numa análise por cidades, Lisboa é onde se observa a “maior diferença” entre o preço mediano das transações feitas por não residentes e residentes: os estrangeiros pagaram 5.294 euros/m2 e os residentes 3.643 euros/m2. Ou seja, a diferença é de 1.651 euros/m2 (+45%).

Entre os municípios com mais de 100 mil habitantes, Lisboa (5.294 euros/m2), Cascais (4.782 euros/m2), Oeiras (3.528 euros/m2) e Porto (3.514 euros/m2) apresentaram os valores mais altos pagos pelos não residentes. A ordem é a mesma para os compradores residentes no país: Lisboa (3.643 euros/m2), Cascais (3.281 euros/m2), Oeiras (2.915 euros/m2) e Porto (2.431 euros/m2).

Famílias pagaram mais 1.250 euros pelo metro quadrado

Os dados do INE permitem ainda perceber a tipologia de comprador. Nos 12 meses terminados em setembro, as famílias pagaram 1.467 euros pelo metro quadrado a nível nacional, enquanto os compradores institucionais pagaram 1.250 euros (menos 17%).

Analisando os municípios com mais de 100 mil habitantes, Lisboa (3.928 euros/m2), Cascais (3.470 euros/m2), Oeiras (2.988 euros/m2) e Porto (2.531 euros/m2) têm o metro quadrado mais caro para as famílias. A ordem é a mesma para os compradores institucionais: Lisboa (3.092 euros/m2), Cascais (2.902 euros/m2), Oeiras (2.547 euros/m2) e Porto (2.155 euros/m2).

O INE refere que os municípios de Vila Franca de Xira, Odivelas, Cascais, Setúbal e Amadora apresentaram também diferenciais de preços entre setores institucionais do comprador superiores a 500 euros o metro quadrado.

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