Número de investigadores em Portugal disparou mais de 46%, acima da média europeia

6 dez 2022, 12:17
Cientistas (Getty Images)

O número de investigadores a tempo inteiro, na União Europeia (UE), disparou mais de 45% num espaço de dez anos para os 2 milhões, conclui esta terça-feira o Eurostat, com Portugal acima da média.

Enquanto em 2011 havia na UE cerca de 1,38 milhões de investigadores, este número cresceu 45,57% até 2021 para os 2 milhões, o que representa um acréscimo de 626.800 pessoas.

Esta tendência verificou-se quase na totalidade dos Estados-membros, mas foi mais acentuada na Polónia e na Suécia, onde o número de investigadores em 2021 mais do que duplicou para um total de 135.700 e 100.100, respetivamente.

Segundo os dados do gabinete estatístico europeu, o número de investigadores a tempo inteiro em Portugal passou dos 47.554 em 2012, para os 69.628 em 2022 (dados provisórios), o que representa um crescimento percentual de 46,4%, acima da média europeia.

Na lista de países com taxas de crescimento “relativamente elevadas” está também a Hungria com um crescimento de 88%, bem como a Grécia e a Bélgica, ambas no patamar dos 79%, ressalva o Eurostat.

Fonte: Eurostat

Mais de metade (56,3%) dos investigadores a tempo inteiro na UE, em 2021, estão empregados no setor empresarial, enquanto 31,9% trabalham no ensino superior. Por sua vez, 11% dos investigadores estão vinculados ao setor público.

Comparativamente com o total da força de trabalho, os investigadores a tempo inteiro representam 1% dos trabalhadores na UE, dos quais 0,6% correspondem ao setor empresarial, 0,3% ao ramo do ensino superior e 0,1% ao setor público.

O gabinete estatístico europeu aponta ainda que o setor empresarial reúne a maior quota de investigadores em 14 Estados-Membros, sendo de destaque a Suécia e os Países Baixos, onde este número atinge os 78% e os 70% do total, respetivamente.

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