Decisão pretende prevenir o uso destas embarcações nas travessias do Canal da Mancha
O maior retalhista mundial de artigos desportivos deixou de vender caiaques nas suas lojas no norte de França para evitar que estas sejam usadas por migrantes que tentam atravessar o Canal da Mancha.
A compra de caiaques não será possível” em Calais e Grande-Synthe “dado o contexto atual”, indicou fonte da Decathlon à AFP.
De acordo com o retalhista, citado pela DW, as vidas das pessoas estavam “em perigo” devido ao uso inapropriado das embarcações. A decisão terá sido tomada, de forma independente, pelas gerências das lojas, tendo a administração da empresa concordado com a posição.
A medida surge numa altura em que se regista o maior número de travessias do Canal da Mancha em pequenas embarcações.
De acordo com estatísticas das autoridades britânicas, 1.185 pessoas tentaram atravessar o mar para Inglaterra na passada quinta-feira.
Até agosto deste ano, cerca de 15 mil pessoas fizeram a travessia entre França e Reino Unido, número elevado quando comparado com os 9.500 de todo o ano de 2020 e os 2.300 de há dois anos.
A propósito desta vaga de migrações, o ministro do Interior francês, Gérald Darmanin, reuniu-se na segunda-feira com a sua homóloga britânica, Priti Patel.
Do encontro saiu um entendimento no qual França se compromete a impedir "100% das travessias" a partir do país.