Presidente do PSG volta a ser absolvido de crimes de corrupção

24 jun 2022, 13:23
Presidente do Paris Saint-Germain, Nasser Al-Khelaïfi (AP)

Em causa estava a atribuição dos direitos de transmissão televisiva dos Mundiais de 2026 e 2030 à beIN

O presidente da beIN Media e do Paris Saint-Germain, Nasser Al-Khelaifi, foi novamente absolvido de crimes de corrupção relacionados com negócios de direitos televisivos, num recurso julgado pelo Tribunal Federal de Bellinzona, na Suíça.

O francês Jérôme Valcke, antigo secretário-geral da FIFA, também voltou a ser ilibado, tal como tinha acontecido no julgamento em primeira instância, mas foi condenado a 11 meses de prisão, com pena suspensa, por corrupção passiva, num processo diferente.

No passado mês de março, a procuradoria suíça tinha pedido 28 meses de prisão para Al-Khelaifi e 35 meses para Valcke, acusando-os de terem estabelecido um «acordo corrupto» para a atribuição à beIN dos direitos de transmissão televisiva dos Mundiais de futebol de 2026 e 2030.

A justiça suíça acusava ainda Al-Khelaifi, de 48 anos, e Valcke, de 61 anos, de terem feito um pacto sem o conhecimento do organismo regulador do futebol mundial, o que configurava um crime de gestão danosa, punível com pena até cinco anos de prisão.

O tribunal de recurso julgou, tal como tinha acontecimento na primeira instância, que a FIFA não foi lesada, um aspeto juridicamente necessário para enquadrar o crime de gestão danosa, tendo em consideração o valor acordado com a beIN Media.

«O veredicto é totalmente justificado. Após uma campanha implacável da acusação durante seis anos – que sempre ignorou os factos e a lei -, o nosso cliente foi, uma vez mais, totalmente inocentado», disse Marc Bonnant, um dos três advogados de Al-Khelaifi neste processo, em declarações à AFP.

 

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