Ministros do Desporto da UE preocupados com efeitos da paragem

21 abr 2020, 19:38
João Paulo Rebelo - Secretário de Estado da Juventude e Desporto

Secretário de Estado, João Paulo Rebelo diz que «o desporto não pode ser deixado para trás»

Foi através de videoconferência que os responsáveis pelo desporto na União Europeia debateram os efeitos da pandemia da covid-19 sobre o setor que tutelam, e a ideia principal do encontro pode muito bem ser definida numa frase: «O desporto não pode ficar para trás.»

A declaração pertence ao secretário de Estado da Juventude e do Desporto português, João Paulo Rebelo, mas mostra-se transversal a todos os países da União Europeia (UE), numa reunião onde este governante representou o Ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, que tutela o desporto em Portugal, e onde estiveram presentes os governantes dos restantes estados-membros, no âmbito da presidência croata da UE e que marcou também a estreia da comissária europeia com esta pasta, a búlgara Mariya Gabriel.

Em declarações à Agência Lusa, João Paulo Rebelo explicou que este encontro serviu para aferir da inquietação dos responsáveis europeus pelo desporto, nesta fase de pandemia: «As principais preocupações são, mais uma vez, generalizadas a todos os países. De Portugal, através da minha voz, tivemos a oportunidade de deixar bem vincada a ideia de que o desporto não pode ser um setor deixado para trás. E, portanto, se há setor que também precisará de programas e medidas de apoio da Comissão Europeia é o desporto, um setor que envolve milhões de pessoas em toda a Europa, desde a prática informal à organizada, dos clubes maiores às federações desportivas.»

Com a declaração de pandemia por parte da Organização Mundial da Saúde a 11 de março, inicialmente, alguns eventos desportivos foram disputados sem público, mas, depois, começaram a ser cancelados, ou adiados como aconteceu com os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, o Europeu de Futebol ou a Copa América com outros mais suspensos, como são os casos dos campeonatos nacionais e provas internacionais de todas as modalidades.

«De uma forma muito generalizada, o que acontece em Portugal é o que acontece nos restantes países da União Europeia. Muitos, tal como nós, permitem o treino a atletas profissionais e de alto rendimento, mas estão, de uma forma geral, com infraestruturas encerradas e a prática desportiva proibida» referiu João Paulo Rebelo.

Na agenda da reunião informal estavam, igualmente, a importância da atividade física na saúde e bem-estar das populações e ainda os valores gerados pelo setor, com os responsáveis políticos da área do desporto a concordarem na necessidade do regresso à normalidade desportiva, nomeadamente na prática informal, com o Secretário de Estado do Desporto português a lembrar que no nosso país existem mais de 10.000 clubes que, atualmente, estão sem atividade e receitas

Patrocinados