Argentina em protesto por insinuações de marijuana sobre Lavezzi

16 nov 2016, 09:45
Seleção argentina

Jogadores juntaram-se na sala de imprensa

Os jogadores da seleção argentina de futebol, liderados por Lionel Messi, decretaram na terça-feira um blackout à imprensa do seu país devido às insinuações de que Ezequiel Lavezzi tinha sido visto a consumir marijuana.

Depois de ter comandado a Argentina na vitória clara sobre a Colômbia, por 3-0, Messi, que marcou um golo e fez duas assistências, apareceu na sala de imprensa, acompanhado pelos colegas de seleção, para anunciar que todos os jogadores passam a ficar em silêncio com a imprensa argentina.

«Tomámos a decisão de não falar com a imprensa. Obviamente que sabem porquê. Há muitas acusações, muito desrespeito e as acusações que foram feitas [a Lavezzi] são muito graves», disse Messi aos jornalistas.

Depois da derrota por 3-0 sofrida no Brasil, no primeiro jogo desta dupla jornada da zona de qualificação sul-americana para o Mundial2018, a seleção argentina foi alvo de muitas críticas, mas Messi fez questão de separar as águas, garantindo que esta decisão relaciona-se exclusivamente com as insinuações que foram feitas sobre Lavezzi.

«Sabemos que muitos de vocês não jogam esse jogo de desrespeito. Podemos ser criticados se perdemos, ganhamos ou jogamos mal. Mas estão a mexer com a nossa vida pessoal. Se não colocarmos um travão nisto, isto nunca mais irá parar», considerou Messi no esclarecimento aos jornalistas.

O selecionador da Argentina, Edgardo Bauza, surgiu na sala de imprensa para a habitual conferência após o jogo, mas manifestou total apoio a esta decisão dos jogadores.

«Ainda não falei com os jogadores sobre essa matéria. Foi uma decisão deles. Foram duas semanas de agressões, fora do âmbito do futebol. Quando essas agressões superam a área desportiva, podem ter este tipo de consequências. A mim também me destruíram em pedaços. Apoio totalmente esta decisão dos jogadores», afirmou o técnico.

Relacionados

Patrocinados