Sea Watch resgata mais 73 migrantes no Mediterrâneo e aguarda autorização para atracar

20 nov 2021, 15:42
Sea Watch

A organização denunciou que, nos últimos dias, o seu navio “Sea Watch 4” foi alvo de intimidações por parte de uma patrulha da Guarda Costeira da Líbia, apesar de se encontrar em águas internacionais

Um navio da organização não-governamental alemã Sea Watch resgatou este sábado 73 migrantes de um barco insuflável, elevando para 193 o número de pessoas a bordo que foram salvas no Mediterrâneo nos últimos dias.

Depois da operação deste sábado de resgate do barco que estava à deriva e que transportava várias mulheres grávidas, a Sea Watch espera agora a autorização de um país para atracar, adianta a agência EFE.

A organização avançou nas redes sociais que continua a monitorizar as águas na zona central do Mediterrâneo, caso seja necessário prestar assistência a mais migrantes, e denunciou que, nos últimos dias, o seu navio “Sea Watch 4” foi alvo de intimidações por parte de uma patrulha da Guarda Costeira da Líbia, apesar de se encontrar em águas internacionais.

O resgate destas 73 pessoas foi o quarto nos últimos dias, depois de, na quinta-feira, terem sido resgatados outros dois barcos – um com 24 e outro com 86 migrantes -, e terem sido retiradas várias pessoas da água.

O navio “Geo Barents”, da organização Médicos Sem Fronteiras, concluiu também este sábado o desembarque na Sicília, após receber autorização da Itália, dos 186 migrantes resgatados na terça-feira e dos corpos de dez pessoas encontrados mortas por asfixia no fundo de um dos barcos.

Dezenas de milhares de pessoas tentam chegar à Europa, atravessando o mar Mediterrâneo a partir da Líbia ou da Tunísia, geralmente para chegar a Itália.

Essa viagem é extremamente perigosa, pois pelo menos 1.236 pessoas já morreram este ano durante a travessia, contra 858 no mesmo período de 2020, segundo a Organização Internacional para as Migrações (OIM).

Mais de 59 mil requerentes de asilo chegaram à costa italiana este ano, 50% a mais que no ano passado, mas longe dos números daqueles que arriscaram as suas vidas em barcos frágeis de contrabandistas entre 2014 e 2017.

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