«Não vamos pagar. Será um prazer apresentar todos os factos», reagiram os franceses
O Paris Saint-Germain, condenado esta quinta-feira a pagar 55 milhões de euros ao seu antigo futebolista Kylian Mbappé, por salários e prémios em atraso, anunciou, entretanto, que não o fará, manifestando-se disponível para ir a tribunal.
«Não vamos pagar. Será um prazer apresentar todos os factos nos próximos meses e anos», reagiu o clube parisiense, em comunicado, contestando a decisão da Liga Profissional de Futebol (LPF) gaulesa.
A comissão jurídica da LPF tentou que as partes chegassem a um acordo, sob mediação. Porém, isso foi recusado pelos representantes do agora jogador do Real Madrid, alegando que era fácil provar o incumprimento da entidade presidida pelo qatari Nasser Al-Khelaifi.
«Tendo em conta os limites da competência legal da comissão da LFP para tomar uma decisão completa sobre esta matéria, esta deve agora ser submetida a outra jurisdição», reagiu o PSG, acrescentado que o clube «não vai pagar» nada até lá.
Em causa está o pagamento dos salários de abril, maio e junho deste ano, além de parte do bónus de renovação do contrato, assinado a 29 de fevereiro. Depois, em julho, Mbappé mudou-se para o Real Madrid, saindo do PSG a custo zero.
Se o PSG não pagar no prazo de oito dias, o processo vai para os tribunais civis: em teoria, caso não regularize a situação, o clube arrisca-se a não poder contratar novos futebolistas e, eventualmente, pode ser proibido de disputar as provas da UEFA.
O PSG entende que o avançado «assumiu compromissos claros, repetidos tanto pública como privadamente» e que os mesmos devem ser «respeitados pelo jogador».
Já o órgão dirigente da Liga entende que não ficou provado que houvesse um acordo que isentasse o campeão francês de pagar aqueles valores caso Mbappé saísse no final do seu contrato, em 30 de junho, como aconteceu.