Entre eles, um processo por «escravidão» de trabalhador e outro por ameaçar perder jogos se o treinador não fosse despedido
Keylor Navas, atualmente no Newell's Old Boys, atravessa um momento difícil na carreira e enfrenta vários problemas judiciais nos vários países onde jogou, segundo noticia esta terça-feira a Marca.
Na Costa Rica, em 2020, ele e a mulher foram denunciados devido a uma disputa comercial relacionada com a franquia Electro Body Center, um negócio de eletrodomésticos que o guarda-redes levou para o país. O projeto não correu como esperado e, ao desfazer-se dele, deixou os compradores com problemas técnicos que resultaram num processo judicial e numa indemnização de 150 mil dólares.
Em França, no verão de 2024, foi denunciado por um trabalhador, que o acusou de não ter feito nenhum contrato e de o ter alojado numa cave húmida e sem janelas. O advogado da vítima chegou a classificar o caso como perto do «limite do direito penal» e «aproximando-se da escravidão moderna».
Um vídeo, gravado pelo trabalhador, mostra Keylor a referir que «aqui não trabalhamos sob as leis francesas», afirmando que pagava em dinheiro e que seguia as suas próprias regras.
Já em Espanha, em janeiro de 2024, um tribunal de Madrid condenou-o a pagar 250 mil euros, mais juros, por incumprimento do contrato com a empresa Breathe Football, gerida pelo antigo agente Ricardo Cabañas. O caso remonta a 2015, quando Keylor rescindiu unilateralmente o contrato com o agente, que lhe exigiu o pagamento do último ano do contrato, algo que nunca aconteceu. O jogador recorreu da sentença, mas ainda tem outro processo pendente em Madrid relacionado com o mesmo agente.
Além destes casos, Navas também teve outros problemas judiciais na Costa Rica, por motivos desportivos. Foi acusado, pelos dirigentes da Federação Costarriquenha de Futebol de ameaçar perder alguns jogos propositadamente caso o treinador Jorge Luis Pinto não fosse despedido.
O técnico relatou que foi informado, pelo presidente da federação, sobre a situação.
«A única comunicação que o presidente [da federação] me fez foi que, se eu continuasse na seleção, os jogadores teriam de perder três jogos para me retirar», disse o treinador, que acabaria por deixar o cargo após o Mundial de 2014, no Brasil.