Brasileiro não deverá ser extraditado, mas arrisca-se a ser detido caso seja emitido um mandado internacional
O Supremo Tribunal italiano condenou o futebolista Robinho e um amigo a nove anos de prisão por violação sexual em grupo contra uma mulher, adianta o Globoesporte e a generalidade da imprensa brasileira.
A sentença é definitiva e o jogador já não pode recorrer da decisão.
Ainda assim, Robinho dificilmente será detido, pois a lei brasileira não permite que os cidadãos sejam extraditados. Os acordos de cooperação assinados entre os dois países também não preveem que os brasileiros condenados em território italiano possam cumprir a pena numa cadeia do Brasil.
Contudo, Robinho e o amigo arriscam-se a ser detidos caso seja emitido um mandado internacional pelas autoridades italianas, por exemplo, na União Europeia e estes viajem para países que integrem esse território.
O caso que levou agora à condenação do internacional brasileiro remonta a janeiro de 2013. Numa discoteca em Milão, Robinho e mais cinco amigos – quatro dos quais fugiram de Itália e não foram incluídos no processo – violaram uma mulher de nacionalidade albanesa.
Após a denúncia da vítima, que alegava estar embriagada, as autoridades italianas mantiveram os envolvidos sob escuta e intercetaram conversas nas quais abordam o episódio. A imprensa brasileira divulgou excertos dessas escutas em 2020, que o Ministério Público usou para a acusação, confirmada agora pelo Supremo.
