Rooney recorda expulsão contra Portugal e conversa com Ronaldo no túnel

6 abr 2020, 11:59
Mundial dia 23 (Inglaterra-Portugal)

Avançado inglês viu cartão vermelho no Mundial2006 e o (então) colega de equipa do Man Utd foi «apanhado» a piscar o olho

Colunista no Sunday Times, Wayne Rooney decidiu expulsar a expulsão contra Portugal, no Mundial2006, que ficou marcada também por um piscar de olho de Cristiano Ronaldo, então colega de equipa no Manchester United.

«Foi a minha reação por não ter uma falta a meu favor. O Ricardo Carvalho estava a empurrar e a puxar-me, e depois veio o Petit pelo outro lado. O árbitro não fez nada e eu pisei o Ricardo Carvalho. É um daqueles momentos em que não estás a pensar. Vi o resto do jogo no balneário, e através de uma pequena televisão, e só pensava que ia ser o culpado da eliminação, ou então falhar a meia-final e a final. Foi a pior sensação da minha carreira, a mais estranha», recordou.

Na sequência desse lance, Cristiano Ronaldo aproximou-se logo do árbitro a pedir a expulsão de Rooney. Quando o cartão vermelho saiu, o português foi “apanhado” a piscar o olho para o banco, mas o avançado inglês não guardou qualquer mágoa.

«Quando ele foi na direção do árbitro eu empurrei-o. Na altura nem queria acreditar na atitude dele. Mas quando estava sentado no balneário tive tempo para pensar e acalmar-me. Coloquei-me no lugar dele. Provavelmente teria feito o mesmo. Se ele merecesse o vermelho, e se isso nos ajudasse a ganhar… sem dúvida. Na verdade, tinha tentado que ele visse um amarelo na primeira parte por “mergulhar”. E aquele gesto de piscar o olho… não vi nada de especial. Não foi nada, por isso acalmei», acrescenta Rooney, que depois falou com o português no túnel.

«Senti que era importante falarmos enquanto estava tudo fresco, falar cara a cara. Pela expressão ele parecia disposto a pedir desculpa, mas nessa altura eu já estava a pensar no Man Utd. Disse-lhe que não tinha qualquer problema e desejei boa sorte para o resto do Mundial. Durante todo o verão falaram de problemas entre nós, mas não existiam. No primeiro jogo da época goleámos o Fulham por 5-1 e eu marquei dois e ofereci-lhe um. Isso deixou tudo mais tranquilo. No balneário fomos sempre próximos, a fazer partidas aos treinadores e aos colegas. E esse momento acabou por aproximar-nos ainda mais em campo. Os três anos seguintes foram os melhores da nossa parceria, e conquistámos três campeonatos e uma Liga dos Campeões. O cartão vermelho de Gelsenkirchen foi o ponto de partida», finalizou.

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