«Não vou dizer que não penso na Bola de Ouro, mas não quero criar expetativas»

10 nov 2021, 10:39
Krasnodar-Chelsea

Jorginho, um dos favoritos a vencer o prémio, falou sobre a possibilidade de se consagrar como o melhor do ano e explicou por que razão escolheu representar Itália em detrimento do Brasil

Vencedor da Liga dos Campeões e do Euro 2020, Jorginho parte no lote de favoritos à conquista da Bola de Ouro. O médio do Chelsea confessou que pensa em receber o prémio, mas ao mesmo tempo prefere não criar qualquer expetativa em relação ao mesmo.

«Estou a tentar não criar muitas expetativas. Não vou ser hipócrita e dizer que não penso [na Bola de Ouro] porque é impossível, não é? Tento não criar expetativas. Tanto pode ser algo que já esperava e talvez a alegria não seja a mesma, ou pode ser uma enorme deceção. Tento encontrar o equilíbrio para que caso aconteça, seja uma surpresa», assumiu, em entrevista ao Globo Esporte. 

«Se acontecer... caramba, aconteceu! Caso contrário, não tenho razões para reclamar! Recebi o prémio de melhor jogador da UEFA que foi um reconhecimento incrível. Quero continuar com os pés no chão», acrescentou. 

O internacional italiano disse ainda que um jogador da sua posição apenas dará nas vistas se o coletivo estiver a um nível alto.

«Não existe o Jorginho. O Jorginho sem a equipa não seria nada. Ser reconhecido assim, é muito gratificante. Se vou ser? Isso demonstraria que hoje em dia as pessoas também estão atentas a outro tipo de jogadores e à importância que estes têm. Isso seria muito porreiro e poderia servir de incentivo a todos os outros jogadores. Era o mesmo que dizerem: 'O mundo está a ver. Não interessa só o número de golos'. Nesse aspeto seria bom», referiu. 

Jorginho confessou que escolheria Kanté ou De Bruyne para ganhar a Bola de Ouro e explicou por que razão preferiu representar Itália em detrimento do Brasil, o país onde nasceu.

«O Edu Gaspar [ex-diretor da seleção brasileira] ligou-me. Já tinha representado os sub-21 de Itália e para mim a seleção brasileira era algo que já estava longe. A chamada do Edu mexeu comigo. Como vou dizer que não mexeu? Eu cresci a ver o Ronaldo, o Ronaldinho e o Kaká. A amarelinha é a amarelinha, não é? Mexeu comigo e só decidi depois de conversar com os meus pais. Não me sentiria bem comigo, seria ingrato não representar Itália. Este país acolheu-me, abraçou-me e é um país que eu amo. Não me sentiria bem comigo próprio. Tudo o que faço é para ficar com a consciência tranquila», esclareceu.

 

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