Facebook quer contratar 10 mil pessoas na União Europeia para construir um “metaverso”

18 out 2021, 09:40

Anúncio surge numa altura em que a empresa está debaixo de fogo

O Facebook anunciou que quer contratar, nos próximos cinco anos, 10 mil pessoas “altamente qualificadas” na União Europeia, de modo a poder construir aquilo que se denomina de “metaverso”.

Segundo a empresa norte-americana, investir na Europa traz bastantes vantagens, como o acesso a um grande número de consumidores e de mão de obra qualificada.

A Europa é muito importante para nós”, afirmam Nick Clegg e Javier Olivan, respetivamente diretor de assuntos globais e vice-presidente de produtos centrais da empresa norte-americana.

 

Dos milhares de funcionários na União Europeia, aos milhões de empresas que utilizam as nossas aplicações e ferramentas todos os dias, a Europa é uma grande parte do nosso sucesso, porque o Facebook faz parte do sucesso das empresas europeias e da economia em geral", acrescentaram. 

Entre estes postos de trabalho, está a contratação urgente de engenheiros especializados. O Facebook fez saber ainda que vai concentrar o recrutamento em países como a Alemanha, França, Itália, Espanha, Polónia, Holanda e Irlanda.

O que é um “metaverso”?

Um “metaverso” é um mundo online onde os utilizadores podem comunicar, jogar e trabalhar em ambiente virtual, com recurso à tecnologia VR. Os jogos Fortnite e Roblox podem ser considerados exemplos de “metaversos”, assim como a plataforma Second Life.

O termo surgiu no livro “Samurai: Nome de Código”, de Neal Stephenson, e servia para designar um mundo virtual 3D habitado por avatares de pessoas reais.

Mark Zuckerberg revelou, em julho passado, que a construção de um “metaverso” é uma das grandes apostas do Facebook para os próximos anos.

Tem o potencial de desbloquear o acesso a novas oportunidades criativas, sociais e económicas”, adiantou a empresa, citada pela BBC.

De acordo com o Facebook, este 'mundo online' não será construído “da noite para o dia por uma única empresa”, adiantando que a ideia deverá demorar dez ou 15 anos a tomar forma.

De igual modo, a gigante das redes sociais já investiu cerca de 50 milhões de dólares (43 milhões de euros) em diversos grupos de trabalho para desenvolver o conceito de forma “responsável”.

O anúncio surge numa altura em que o Facebook está debaixo de fogo. O testemunho de Frances Haugen, ex-diretora de produto na empresa, bem como as reportagens de investigação do Wall Street Journal, fizeram aumentar o escrutínio público e político sobre o império de Mark Zuckerberg.

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