Treinador é acusado de assédio e Liga feminina dos EUA suspende jornada

1 out 2021, 20:10
Paul Riley (Karl B DeBlaker/AP)

Paul Riley já não é técnico dos North Carolina Courage

A Liga norte-americana de futebol feminino (NWSL, na sigla inglesa) suspendeu a jornada agendada para este fim-de-semana, fruto das acusações de assédio e coerção sexual ao treinador Paul Riley, despedido na quinta-feira do comando técnico dos North Carolina Courage como consequência da situação.

Na quinta-feira, a revista The Athletic publicou um artigo no qual surgem testemunhos de duas jogadoras a darem conta de uma prática consistente de assédio e coerção sexual por parte de Paul Riley. Além de depoimentos dados de forma anónima, essas duas atletas que denunciaram as práticas foram Sinead Farrely e Meleana Shim, relatando abusos que, no caso de Farrely, começaram em 2011 e foram continuando ao longo dos anos.

A NWSL não especificou, até ao momento, se os jogos são apenas adiados ou se são cancelados. A comissária Lisa Baird disse que a decisão foi tomada em conjunto com o sindicato de jogadoras.

«Esta semana, e muita desta temporada tem sido incrivelmente traumática para jogadoras e equipas técnicas e eu assumo responsabilidade total. Lamento a dor que estão a sentir», disse Baird, que chegou à direção do campeonato no início de 2020.

De imediato após a reportagem do The Athletic, a federação norte-americana suspendeu a licença de Riley, que terá assediado Shim nos Portland Thorns (clube que treinou em 2014 e 2015).

Entretanto, também a FIFA anunciou que abriu uma investigação a este caso.

«Devido à gravidade das alegações trazidas a público, podemos confirmar que os corpos disciplinares da FIFA estão a debruçar-se sobre a matéria e abriram uma investigação preliminar«, respondeu o organismo à Associated Press.

O sindicato americano tem protestado contra a falta de políticas e de ações em relação a casos de assédio e abuso, num tema que é recente na NWSL.

Outro exemplo é o caso do treinador dos Washington Spirit, Richie Burke, despedido depois de uma notícia do Washington Post a dar conta de abusos verbais e emocionais. Também a diretora dos Gotham FC, Alyse LaHue, foi despedida em julho último, na sequência de uma investigação sobre assédio. Já Christy Holly deixou o Racing Louisville, mas neste caso não foram tornadas públicas as razões.

Relacionados

Patrocinados