Eriksson esteve perto da falência após perder dez milhões: «Fui idiota»

24 set, 15:48
Sven-Goran Eriksson (Génova)

Admissão faz parte de um livro publicado postumamente

Um livro publicado postumamente sobre a vida de Sven-Göran Eriksson revela pormenores sobre o escândalo financeiro que se abateu sobre o sueco há cerca de 15 anos. A imprensa sueca tem divulgado passagens dessa publicação.

Foi em 2007, durante a sua passagem pelo Manchester City, que Sven-Göran Eriksson contratou Samir Khan para gerir as suas finanças. O sueco tinha conhecido esse indivíduo pela primeira vez no Dubai, três anos antes. Algumas pessoas avisaram-no de que não era de que Khan não era de confiança, mas o sueco confiou nele.

«Se tivesse feito isso, poderia ter poupado muito dinheiro. Já encontrei alguns canalhas na minha vida. Samir Khan foi o pior. Ele, a quem confiei o cuidado do meu dinheiro, fez-me perder 100 milhões de coroas [10 milhões de euros]. Processei-o e ganhei em tribunal, mas nunca recebi o dinheiro de volta. Por isso, apesar de ter ganho tanto dinheiro, estive muito mal durante algum tempo, estive perto da falência», escreve Sven.

Samir Khan comprou uma casa nas Ilhas Barbados em nome de Eriksson. O treinador não tinha empréstimos, mas Samir Khan também contraiu empréstimos para investimentos imobiliários.

Foi quando Samir Khan também quis contrair um empréstimo relacionado com uma casa em Portugal que o treinador pôs fim à relação com Khan.

«Basicamente, a culpa foi minha. Eu era demasiado crédulo, facilmente enganado. Tive um pouco de azar, mas continuei a ser um idiota de m*rda que o deixou fazer exatamente o que queria. As pessoas próximas de mim tinham dito que não havia motivo para preocupações, que Samir Khan tinha cobertura. E eu acreditei nisso. Quando tudo isto veio finalmente a público, não podia imaginar que se tratava de tanto dinheiro», escreve.

Quando conseguiu que uma grande empresa financeira de Londres investigasse Samir Khan e a sua atividade, Sven foi informado de que se tratava de um criminoso.

«Senti-me estúpido quando me apercebi do que tinha acontecido. O meu interesse pelo dinheiro é zero. É claro que fiquei triste, zangado e mal-humorado quando me deram o golpe, quando se perdeu tanto dinheiro. Cheguei a ter a casa à venda e irritava-me muito que tivesse de chegar a este ponto», conclui o antigo treinador do Benfica.

 

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