Três ex-FC Porto estiveram perto de assinar pelo Chelsea, revela Villas-Boas

28 set 2022, 12:29
Villas-Boas

Treinador português recordou a passagem infeliz pelos blues e enumerou os alvos que o clube falhou no mercado- Modric, Moutinho e Falcao foram alguns dos exemplos

O sonho virou pesadelo rapidamente. André Villas-Boas trocou o FC Porto pelo Chelsea no verão de 2011 após uma época sensacional no Dragão, mas a passagem pelos londrinos acabou por não correr bem. Com apenas 19 vitórias em 40 jogos, o técnico esteve no cargo até março.

Villas-Boas recordou a passagem pelo Chelsea e lamentou a falta de sorte. «O Chelsea... foi algo que aconteceu a muita gente que passou pelo clube. Às vezes pode-se ter a sorte de ganhar um troféu e deixar uma marca, eu não tive tanta sorte», começou por dizer, em entrevista ao «Telegraph».

O português, atualmente sem clube, apontou as falhas de Roman Abramovich no ataque ao mercado de transferências e utilizou os casos de Modric e Moutinho como exemplos. «Falhámos o acordo pelo Modric no início da temporada. Sem Modric também não houve Moutinho. Essa tinha sido a promessa do Roman. O Moutinho chegou à Premier League muitos anos depois de eu ter tentado contratá-lo para o Chelsea e para o Tottenham. Todos já viram o jogador que ele é. Essa recusa dele [ndr: de Abramovich] foi um erro que não se pode apontar a um treinador. O Roman achou que tinha o negócio do Modric feito e ele acabou no Real Madrid na época seguinte. Depois, o negócio do Álvaro Pereira com o FC Porto estava feito, mas o problema foi o acordo com o jogador. O Roman ficou furioso», referiu. 

Villas-Boas prosseguiu o relato acerca da abordagem do Chelsea ao mercado de transferências na altura e considerou que o que viveu desde que chegou a Stamford Bridge até à sua saída em março, após uma derrota contra o WBA, daria um livro «surpreendente».

«Sem Modric e sem Moutinho. O Falcao era outro jogador que esteve perto de assinar pelo Chelsea, mas tínhamos o Drogba que não se sabia se queria sair ou não em janeiro. Ele estava próximo de assinar pelo Shanghai, depois já não estava. A Mariana [Granovskaia] queria o Tévez e de repente, já não queria o Tévez. Esta gestão é característica. Mas a Marina transformou-se numa das melhores diretores de sempre do Chelsea. Não sou nada comparado com o que ele atingiu. Houve várias coisas que aconteceram nessa época que merecia uma daquelas autobiografias surpreendentes em Inglaterra», concluiu. 

Di Matteo sucedeu a André Villas-Boas no comando do Chelsea e conduziu a equipa à conquista da Liga dos Campeões. 

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