Ex-Benfica deixa Flamengo ao fim de seis anos e diz que tem «palavra», ao contrário de outras pessoas do clube
Gabigol despediu-se este domingo do Flamengo e deixou a sua marca com um golo no empate do Mengão com o Vitória (2-2), na última jornada do Brasileirão.
Antes do jogo, o avançado foi homenageado nas bancadas.
Já depois de Alerrandro ter inaugurado o marcador aos 16 minutos, o Flamengo chegou ao empate perto da hora de jogo. O ex-Benfica desmarcou-se nas costas da linha defensiva adversária e, após um passe de Pulgar, apontou o 1-1. Foi a loucura no estádio, com os adeptos a gritar «Fica, fica, fica» em uníssono.
Os forasteiros ainda passaram novamente para a frente do marcador, por Janderson (74m), mas Ayrton Lucas (80m) selou as contas do jogo. No minuto seguinte, Gabigol saiu para os aplausos.
Seis anos depois, o internacional brasileiro despediu-se do Flamengo e garantiu que a decisão não tem volta a dar, com farpas a responsáveis do clube pelo meio.
«Cheguei aqui um menino e hoje é o dia em que eu me torno imortal. Daqui a pouco vou ter 30, 35, 40, 90 anos, não vou estar mais na Terra, mas meu nome vai estar aqui para sempre. Hoje encerra-se um ciclo, mas acho que eu virei uma lenda», referiu.
«Eu tenho palavra, diferente das pessoas que não têm. O meu pai e a minha mãe criaram-me como homem. A coisa mais honrosa do homem é ter palavra. Não tiveram palavra comigo, mas a minha é mantida. Não vou ficar. O que importa mesmo é o que as ruas falam. Tenho a certeza que quando andar na rua daqui a 10 ou 15 anos, ou daqui a 15 minutos, vou ser idolatrado e amado. O que me me importa são os adeptos. Sempre joguei por eles e tentei mostrar que eu queria ser um deles dentro de campo. Foi uma paixão à primeira vista desde que pisei pela primeira vez o Maracanã. Senti algo que acho que nunca mais vou sentir na vida. O que importa são os adeptos, o carinho que eles têm por mim. Eu sou homem. Homem tem palavra.»