Coordenador brasileiro explica sucesso de Jesus e Abel

Vítor Maia , Boavista, Porto
22 set 2022, 18:03
Abel Ferreira (AP Photo/Andre Penner)

Gustavo Grossi, responsável pela formação do Internacional de Porto Alegre, viajou várias vezes nos últimos três meses para Portugal para estudar futebol e elogiou trabalhos dos técnicos lusos no Flamengo e no Palmeiras

Além de Joel Pinho (Arouca) e de Victor Orta (Leeds United), Gustavo Grossi, responsável pela formação do Internacional, esteve presente na quinta edição do World Scouting Congress para discutir o tema «Visão para uma gestão estratégica no futebol».

Com longa experiência no futebol sul-americano, o argentino deixou elogios ao método de trabalho dos clubes e dos treinadores portugueses e explicou por que razão Abel Ferreira e Jorge Jesus tiveram sucesso no Brasil.

«Há três meses que venho a Portugal para estudar o futebol e perceber as diferenças que há para o Brasil. O estilo, a educação e o investimento da Federação Portuguesa de Futebol permitem aos treinadores portugueses chegarem ao Brasil e marcarem a diferença. O Brasil é muito mais pobre e tem mais dificuldades. Percebi, também, o motivo pelo qual os jogadores brasileiros gostam de vir para Portugal e a razão para os portugueses darem certo no Brasil como o Abel e o Jesus. Adaptaram-se ao Brasil e não foram dar aulas de treinadores portugueses. 95 por cento dos atletas, jogadores e treinadores nascem na favela. Mas se pobre não é sinónimo de não ter inteligência. Há sim, pobreza económica», justificou.

O World Scouting Congress realiza-se na cidade do Porto, entre os dias 21 e 22 de setembro. O evento reúne vários intervenientes do futebol nacional e internacional.

 

Relacionados

Brasil

Mais Brasil

Patrocinados