Mundial 2022: Wenger fala em sistema automático de deteção de fora de jogo

8 abr 2021, 11:50
Fora de jogo

Consultor da FIFA quer implementar um sistema automático que passe de imediato a informação ao árbitro auxiliar

Arséne Wenger, antigo treinador do Arsenal, agora consultor da FIFA para o desenvolvimento global do futebol, anunciou que o órgão máximo do futebol mundial está a fazer um esforço para implementar um sistema automatizado para a deteção de foras de jogo já no Mundial2022, no Qatar.

O International Board, autoridade que define as regras do futebol, já tinha anunciado, há um mês, que estava a rever a lei do fora de jogo e a planear testar um sistema semiautomático, que permitisse notificar o árbitro de um eventual fora de jogo com recurso a uma tecnologia que reduziria a possibilidade de erro e também o tempo perdido pelo VAR.

O antigo treinador francês foi agora mais longe a revelou que o novo sistema pode vir a ser implementado já no próximo Campeonato do Mundo. «Penso que o detetor de fora de jogo automatizado vai estar pronto para 2022. Automatizado quer dizer que é enviado de imediato um sinal ao árbitro auxiliar que vai ter um relógio com uma luz vermelha que lhe diz se há ou não fora de jogo», explicou o antigo treinador do Arsenal no decorrer do programa Living Football, na televisão da FIFA.

Uma mudança que permitiria ganhar tempo no decorrer do jogo. «O que acontece nesta altura é que são criadas linhas sobre os jogadores para ver se estão fora de jogo. Em média, o tempo que temos de esperar é à volta dos setenta segundos, às vezes um minuto e vinte segundos, às vezes até um pouco mais se o caso for difícil de avaliar», disse ainda Wenger.

Além do tempo, o antigo treinador também fala numa questão de justiça em campo. «É importante porque já vimos muitas celebrações canceladas por situações marginais, é por isso que achamos que este pode vir a ser um passo muito importante. No sistema semiautomático, a informação vai para o VAR que depois avisa o assistente. Estou a fazer um esforço para termos os foram de jogo automáticos, com informação direta para o auxliar», referiu ainda.

A FIFA já testou o sistema semiautomático no Mundial de Clubes de 2019, mas enquanto Wenger defende que as situações de fora de jogo devem ser totalmente automatizadas, «a FIFA, bem como o International Board, sempre defenderam que a última decisão deve ser do árbitro principal, com a tecnologia a servir apenas para dar o melhor apoio possível aos árbitros».

Relacionados

Mundial 2022

Mais Mundial 2022

Patrocinados