FIFA dá razão a João Pedro Sousa: «Não devia acontecer em nenhum clube»

7 fev 2023, 17:16
João Pedro Sousa no Famalicão-Estoril (Fernando Veludo/Lusa)

Organismo que rege o futebol mundial condenou o clube a pagar oo treinador o que lhe é devido da totalidade do contrato» depois de este ter sido suspenso por críticas aos jogadores

João Pedro Sousa congratulou-se, esta terça-feira, pela decisão da FIFA, que lhe deu razão no processo contra o Al Raed, clube do qual o técnico foi afastado após recisão unilateral no passado mês de julho.

«A FIFA deu-me razão. Nunca foi um problema, a razão estava do meu lado. Infelizmente, não devia acontecer em nenhum clube, país ou liga. Aconteceu comigo, mas felizmente o assunto está encerrado. Agora é esperar que não volte a acontecer e com nenhum profissional de futebol», disse, na conferência de imprensa de antevisão do jogo dos quartos de final da Taça de Portugal com a B SAD.

No final de maio de 2022, o treinador português apresentou uma queixa na FIFA contra o Al Raed, depois de ter sido suspendido e avançado para a rescisão de contrato por justa causa.

De acordo com a nota divulgada pela assessoria de imprensa de João Pedro Sousa, o Al Raed «tentou chegar a acordo com o treinador, pagando parte do que lhe é devido da totalidade do contrato», depois de, numa primeira fase, ter suspendido o técnico «do seu trabalho legítimo» por declarações prestadas aos jornalistas.

Uma semana antes, após uma derrota com Al Nassr (3-0), João Pedro Sousa foi suspenso do cargo por ter criticado, em conferência de imprensa, alguns jogadores da própria equipa, que ocupa a antepenúltima posição da Liga saudita.

«Se o Al Raed quer crescer e evoluir, não pode ter jogadores que faltam ao treino e nada acontece, não pode ter jogadores que não têm as mínimas condições de treinar da forma como chegam ao treino, não pode ter jogadores com contratos de três anos e que não se importam de ir jogar para a segunda divisão. Este clube merece respeito», afirmou na ocasião o técnico português.

O Al Raed terá de pagar agora o que estava previsto no contrato assinado com o treinador português num prazo de 45 dias.

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