«No papel de canalha sou um cabrão»

14 jan 2023, 11:14
Xabi Alonso

Xabi Alonso explicou a sua forma de lidar, apontou a sua referência como treinador e onde nota a evolução que o futebol viveu nos últimos anos

Depois de uma temporada na equipa B da Real Sociedad, Xabi Alonso assumiu o cargo de técnico do Bayer Leverkusen. O espanhol deu-se a conhecer como treinador, explicou a sua forma de liderar e qual é a sua referência no novo paple que ocupa.

Ancelotti, Mourinho, Benítez, Guardiola, Del Bosque, entre outros, trabalharam todos com o ex-jogador. No entanto, Alonso aponta o pai, Periko Alonso, como a principal referência. «É o meu pai. Não foi algo que estudei, mas tive oportunidade de ver. Tinha a ética do trabalho em equipa, algo que pertence ao carácter da Real [Sociedad]. Sabe que a generosidade é a prioridade. Como médio tu acabas por generoso com a equipa e não jogas para brilhares. Como jogador queria os melhores jogadores à minha volta e ajudá-los a que fossem ainda melhores. Se eu fosse o melhor, significaria que o avançado, o interior e os extremos não eram assim tão bons», referiu, em entrevista ao «El Pais».

Todos os técnicos que teve acabaram por tornar Alonso no treinador que é. «Se posso fazer com que os jogadores melhorem, poderei ser melhor treinador. O resto vem depois. Ser um sargento com mão de ferro? Não! Gosto de disciplina e de umas regras básicas profissionais. Mas não gosto de ser um canalha. Claro que se tiver de fazer esse papel, visto um casaco e sou um cabrão. Tens de tocar músicas diferentes», disse.

Xabi Alonso apontou ainda as diferenças entre o Mundial 2022 e as ligas nacionais e a Champions. «No Mundial pesam mais as emoções, a convivência e o espírito de grupo. Há ingredientes diferentes. Quando vês as Ligas nacionais ou a Champions, percebes onde é que o jogo evolui. (...) As equipas são melhores, mais completas, dinâmicas, flexíveis e agressivas. O City, gosto muito de ver o Bayern, o PSG, quando todas as peças encaixam, e o Real Madrid. Porque Carlo [Ancelotti] tem uma inteligência emocional e por isso é que é o Carlo. Por isso todos lhe damos um enorme abraço. Tem essa aura», concluiu.
 

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