Abel: «Ninguém faz milagres aqui, isto não é PlayStation»

15 jul 2022, 09:48

Treinador do Palmeiras diz que aconteceu «futebol» na eliminação na Taça do Brasil, em alusão aos dois penáltis que Raphael Veiga desperdiçou e agradece aos adeptos: «Aplaudiram porque jogámos bem»

O treinador português Abel Ferreira afirmou, após a eliminação nos oitavos de final da Taça do Brasil, que o resultado ante o São Paulo penalizou a falta de eficácia da equipa para sentenciar a eliminatória, dizendo que aconteceu «futebol», em alusão ao desfecho e aos dois penáltis desperdiçados pelo batedor da equipa, Raphael Veiga, um aos 66 minutos e outro no desempate por penáltis.

«É futebol, não vou estar aqui a explicar muito. Fomos melhores e, no final, passou o nosso adversário. Fomos melhores, é a minha opinião, tivemos mais oportunidades, fizemos o 2-0, tivemos oportunidades para o terceiro, um penálti falhado e o futebol é isto. Num lance podes eliminar o adversário e, no seguinte, numa jogada bem trabalhada, penálti. O futebol é isto, também há o fator sorte e acho que o adversário foi feliz. É um resultado que é injusto e que penaliza a nossa não eficiência nas oportunidades para matar o jogo. Muitas vezes queremos explicar o porquê das coisas. Isto é futebol. Tens um penálti, duas vezes o Veron isolado e não fazes e o nosso adversário, num penálti, acabou por fazer o golo que deu a possibilidade de ir disputar os penáltis», referiu, na conferência de imprensa, insistindo na ideia perante os jornalistas.

«É o que viram. Tens um penálti para eliminar o adversário e, no lance seguinte, sofres golo. Os jogadores do São Paulo, nos primeiros 15 minutos, não sabiam o que haviam de fazer. Não vou estar aqui a falar de tática, tática... Esqueçam isso. O futebol é isto e nem sempre ganha a equipa que joga melhor», apontou.

Questionado depois sobre a calma para agarrar a vitória nos jogos e se isso pode ser resolvido com os mais recentes reforços, os avançados argentinos José López e Miguel Merentiel, Abel diz que há um «processo» e não há «milagres».

«Ninguém faz milagres aqui, isto não é PlayStation. Os atacantes chegam e fazem milagres… Não. É um processo. Chegam a meio da época, têm tempo de adaptação. Agora, o futebol é isto. O nosso melhor batedor falhou dois penáltis. Vou explicar a ti e às pessoas lá em casa o quê? Estamos tristes, estamos. Fizemos um bom jogo, deveríamos ter passado porque fomos melhores, mas o futebol tem destas coisas. É mágico por isto mesmo, uma equipa produzindo pouco pode passar», respondeu, deixando uma palavra de «gratidão» aos adeptos.

«Não é muito fácil, no Brasil, quando se perde, as pessoas aplaudirem os seus jogadores. Aplaudiram mais uma vez porque jogámos bem, assim como com o Athletico Paranaense, só que é verdade que o futebol também é eficiência e segundo sei somos dos melhores ataques e defesas. Gratidão. O resto, é fruto do trabalho dos jogadores», apontou.

Relacionados

Brasil

Mais Brasil

Patrocinados