Combater o impacto da inflação nas famílias mais pobres pode custar 900 milhões de euros ao Estado

CNN Portugal , DCT
16 ago 2022, 08:48
Supermercado (Getty Images)

REVISTA DE IMPRENSA - A decisão pode ser tomada já em setembro, no novo pacote de medidas já prometido, e no Orçamento do Estado apresentado em outubro

Se o Executivo de António Costa quiser seguir as recomendações do Fundo Monetário Internacional (FMI) e da Comissão Europeia (CE) para concentrar o esforço orçamental no apoio das famílias mais carenciadas de modo a fazer frente à inflação, o custo dessas medidas poderá chegar aos 900 mil euros, 0,4% do PIB, anuncia o Público.

De acordo com a publicação, a decisão pode ser tomada já em setembro, no pacote de novas medidas já prometido pelo governo, e no Orçamento do Estado para o próximo ano, que será apresentado em outubro.

Ao contrário do que o Governo tem até agora feito - que é dar prioridade a medidas de apoio generalizadas -, os dois organismos internacionais dizem que é prioritário apoiar as famílias com menores rendimentos, seja com apoios sociais ou transferências extraordinárias de dinheiro, de modo a que consigam fazer frente à escalada dos preços e o consumo seja mais ponderado.

O Público adianta ainda que, segundo os mais recentes cálculos do FMI, as medidas até agora anunciadas por António Costa representam um custo para o orçamento de 1,32% do PIB, o equivalente a três mil milhões de euros, sendo que, daqui, apenas 100 milhões de euros (0,03% do PIB) são destinados a famílias mais carenciadas.

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