"Profundamente lamentável": líder do PAN recebida no aeroporto de Beja com insultos e um chocalho

Sofia Marvão , Com HCL
20 jan 2022, 18:54

Numa reação após ser confrontada por um grupo de forcados e de agricultores, Inês Sousa Real disse que a tauromaquia não é a principal preocupação dos cidadãos de Beja que passam por uma "crise económica muito complexa

Inês Sousa Real foi esta quinta-feira recebida com insultos à chegada ao aeroporto de Beja pelo Grupo de Forcados Amadores de Beja e por profissionais da agricultura que acusaram a líder do PAN de ser "fascista".

O conjunto de manifestantes foi ainda fotografado a agitar um chocalho e ouvido a entoar "eh, toiro",na direção de Sousa Real que, numa reação aos jornalistas disse nada justificar este tipo de comportamento que apelidou de "profundamente lamentável".

Sugerindo que o grupo de forcados e de agricultores tinha ligações políticas à direita, Inês Sousa Real criticou "o facto de outras forças políticas se juntarem a vozes que ofendem, em regra, as mulheres com adjetivações que não são aceitáveis".

A líder do PAN salientou, no entanto, que os insultos que recebeu por promover o fim da tauromaquia não espelham "aquilo que são as preocupações da região de Beja".

Aquilo que faz desenvolver a região não é de todo a tauromaquia", disse, salientando que esse tipo de visão é "muito redutora e sectária". "Não faz jus àquilo que são as reais preocupações das pessoas que estão a ser afetadas por uma crise económica muito complexa", concluiu.

Inês Sousa Real, que chegou à capital do Baixo Alentejo de comboio vinda de Lisboa, foi questionada pelos jornalistas sobre se o PAN está disponível para integrar o próximo governo e aceitar assumir um ministério.

Inicialmente, a líder do PAN respondeu que o partido não está “à espera de ministério nenhum dado pelo PSD, pelo PS ou por quem quer que seja”, vincando que “o compromisso do PAN é para com as suas causas”.

Temos um programa alternativo e queremos romper com esta bipartidarização e não podemos confundir” quando o PAN afirma que é “um partido capaz de dialogar” com a disponibilidade para “integrar governos que colidem” com os seus valores, disse.

Sublinhando que a integração de um futuro governo “dependerá” também do resultado obtido nas eleições, Inês Sousa Real adiantou que o PAN fará então “a sua avaliação daquilo que possa ser a melhor forma de fazer avançar as suas causas”.

Aquilo que estará sempre em primeiro lugar é o avanço das nossas causas e que o país não retroceda”, assinalou.

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