REVISTA DE IMPRENSA || Na queixa apresentada estão vários casos em que a prestação de socorro foi demorada devido à falta de meios
O Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar (STEPH) apresentou no ano passado uma queixa junto à Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o INEM e o seu presidente de então, Luís Meira, por “crimes por omissão de auxílio” que terão acontecido entre 2022 e 2023. Até hoje, o sindicato aguarda resposta.
Segundo avança o Diário de Notícias esta sexta-feira, a queixa apresentada à PGR inclui vários casos em que houve demora no socorro, como o da idosa que caiu na rua em Campolide, Lisboa, e esteve à espera uma hora e meia por assistência, assim como outros ocorridos em Cascais, Porto, Almada, Albufeira, Barreiro, Setúbal e Norte Alentejano.
Como explica ao jornal Rui Lázaro, presidente do sindicato, na queixa foram implicados o Instituto Nacional de Emergência Médica e o seu presidente à data por considerar que estavam “absolutamente cientes” de que a falta de meios estaria a colocar em causa a prestação de auxílio em tempo útil.
A queixa em causa, consultada pelo DN, tem 16 anexos com informação da base de dados de Centros de Orientação de Doentes Urgentes (CODU), onde se pode consultar “o estado das respostas a solicitações de socorro e de pedidos de ativação de meios, ou mesmo do tempo de resposta desses mesmos meios já após ativação e indicação dos CODU”, lê-se no jornal.
O Ministério Público tem, neste momento, a decorrer sete inquéritos relativos às mortes possivelmente relacionadas com falhas no socorro do INEM que aconteceram durante o período de greve às horas extraordinárias dos técnicos de emergência pré-hospitalar. Durante esse período, entre 30 de outubro e 8 de novembro, dia em que a greve foi desconvocada depois de uma reunião do sindicato com a ministra da Saúde, morreram 11 pessoas.