Helicóptero que o INEM destacou para emergências a 1 de novembro ficou inoperacional no mesmo dia

2 nov, 20:01

Helicóptero de emergência médica estacionado na cidade algarvia não esteve disponível na madrugada de domingo quando foi acionado para uma emergência a um recém-nascido que necessitava de transporte urgente para Lisboa

A garantia do INEM chegou com quatro meses de atraso. A partir de 1 de novembro, quatro helicópteros de emergência médica passavam a operar 24 horas por dia, sete dias por semana. O último aparelho aterrou este sábado em Viseu e domingo já levantou para a primeira missão.

Estacionados em Macedo de Cavaleiros, Viseu, Évora e Loulé, os helicópteros asseguram a cobertura de todo o território continental. Mas, em menos de 24 horas, a promessa foi posta à prova e caiu por terra.

O helicóptero de emergência médica estacionado em Loulé, no Algarve, não esteve disponível na madrugada de domingo, quando foi acionado para uma emergência a um recém-nascido que necessitava de transporte urgente para Lisboa. O aparelho de Évora também não.

À TVI, o INEM esclarece que "os helicópteros, como qualquer outro meio de emergência, sofrem períodos de inoperacionalidade (avarias, reparações, manutenções regulares, etc). "

O caso vem adensar as polémicas em torno dos helicópteros do INEM. A Gulf Med venceu o concurso público de 77 milhões de euros para assegurar o serviço a partir de 1 de julho, o que não aconteceu.

O INEM avançou então para um ajuste direto com a mesma empresa, mas o Tribunal de Contas chumbou o contrato e considerou que a empresa agiu de má-fé.

Nos últimos quatro meses, o INEM teve de recorrer à Força Aérea para colmatar as falhas no apoio à população. O instituto de emergência médica deu a colaboração por terminada este sábado, com elogios à dedicação e profissionalismo dos militares para salvar vidas, e avançou para a apresentação pública dos helicópteros da Gulf Med.

O segundo prazo de entrega dos aparelhos foi cumprido, a missão é que não.

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