Helicóptero de Loulé inoperacional volta a falhar socorro, desta vez a vítima crítica de acidente na Nacional 2

5 nov, 15:17

Homem teve de ser transportado pelo meio aéreo de Évora

A inoperacionalidade do helicóptero do INEM sediado em Loulé voltou a ter impacto direto nas operações de socorro no sul do país. Esta terça-feira, uma vítima em estado crítico, resultante de um acidente grave na Estrada Nacional 2, em Castro Verde, teve de ser transportada de helicóptero para o Hospital de Faro pelo meio aéreo do INEM destacado em Évora.

O helicóptero de Loulé, que habitualmente cobre toda a região do Algarve e parte do Baixo Alentejo, esteve fora de serviço devido à falta de uma peça essencial, cuja substituição foi, entretanto, concretizada. Segundo apurou a CNN Portugal, se o helicóptero de Loulé estivesse operacional, teria sido esse meio aéreo a ser acionado para esta ocorrência, pela proximidade, uma vez que Castro Verde fica a cerca de 89 quilómetros do heliporto de Loulé, enquanto a distância até Évora é de aproximadamente 123 quilómetros.


O acidente ocorreu ao quilómetro 642 da EN2, por volta das 14:42 desta terça-feira, envolvendo um veículo ligeiro de mercadorias e um motociclo. Do sinistro resultaram dois feridos - um em estado grave e outro ligeiro.

O ferido ligeiro foi transportado por ambulância para o Hospital de Beja, enquanto a vítima em estado crítico foi helitransportada para o Hospital de Faro pelo helicóptero do INEM de Évora. Após a missão, o meio aéreo regressou à base, tendo aterrado no heliporto de Évora cerca das 18:30.

No local estiveram 19 operacionais, apoiados por seis veículos e um meio aéreo.

Este é o mesmo helicóptero que no dia em que foi anunciado como operacional para a zona do Algarve pelo INEM falhou o helitransporte de um recém-nascido com uma hemorragia cerebral congénita do hospital de Faro para o Hospital Dona Estefânia.

A inoperacionalidade do helicóptero obrigou a que a criança tivesse de ser transferida do Algarve para Lisboa por via terrestre numa ambulância pediátrica, o que levou a um tempo de viagem muito mais longo, de aproximadamente quatro horas. O menino continua internado com prognóstico muito reservado nos cuidados intensivos da neonatologia do hospital pediátrico Dona Estefânia, em Lisboa.

De recordar que o INEM assumiu dia 1 de novembro a total operacionalidade de quatro meios aéreos de norte a sul do país, garantindo assim o socorro depois de a Força Aérea ter preenchido a falha que existia helicópteros para evacuação médica.

Desde que se disse operacional, o meio aéreo não pôde fazer ainda nenhuma missão de socorro e já falhou, que seja do conhecimento público, dois salvamentos.

A CNN Portugal solicitaram esclarecimentos ao INEM sobre a demora na reposição da operacionalidade do helicóptero de Loulé e sobre o impacto que esta limitação pode ter na resposta a emergências na região. Até ao momento, não foi obtida qualquer resposta.

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