Inflação recua pelo quinto mês para 7,4% em março

ECO - Parceiro CNN Portugal , Alberto Teixeira
13 abr 2023, 11:06
Dinheiro (Pexels)

Preços energéticos registaram a primeira queda em dois anos, após recuarem 4,4% em março, ajudando a tirar fôlego à inflação, cuja taxa cedeu para o valor mais baixo desde abril

A subida dos preços em Portugal voltou a abrandar no mês passado. A taxa de inflação recuou para 7,4% em março, menos 0,8 pontos percentuais em relação ao mês anterior, confirmou o Instituto Nacional de Estatística (INE) esta quinta-feira. Foi o quinto mês de descidas no índice de preços no consumidor, que, apesar de continuar num nível historicamente elevado, está no valor mais baixo em quase um ano.

“Esta desaceleração é em parte explicada pelo efeito de base resultante do aumento de preços dos combustíveis e dos produtos alimentares, verificado em março de 2022“, explica o gabinete de estatísticas.

Fonte: INE

O indicador de inflação subjacente (índice total excluindo produtos alimentares não transformados e energéticos) registou uma variação de 7%, mais ligeira do que em fevereiro (7,2%). Foi o sexto mês em que se manteve acima dos 7%.

Nos produtos energéticos, a variação dos preços foi de -4,4% em março, o primeiro valor negativo desde fevereiro de 2021. Isto significa que houve, efetivamente, uma descida dos preços energéticos em março em relação ao mesmo período do ano passado — depois de terem disparado há um ano, por conta do início da invasão russa na Ucrânia e das sanções do Ocidente contra Moscovo.

Quanto ao índice referente aos produtos alimentares não transformados desacelerou para 19,3%, depois de ter ficado nos 20,1% no mês anterior.

O Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) português, que permite comparações com os outros países da Zona Euro, apresentou uma variação homóloga de 8%, valor inferior em 0,6 pontos percentuais ao registado em fevereiro e 1,1 pontos percentuais acima da taxa estimada pelo Eurostat para a região da moeda única (6,9%). Em fevereiro, a diferença era de 0,1 pontos percentuais, o que indica que a inflação está a ceder mais rapidamente lá fora do que em Portugal.

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