Fim das moratórias faz subir juros do crédito à habitação

23 nov 2021, 17:27
Habitação: preço das rendas cai no Porto e em Lisboa

Famílias estão a dever mais aos bancos pela compra de casa: em média, 57688 euros em outubro. A prestação média está agora nos 251 euros.

É a primeira subida em 13 meses. A taxa de juro implícita no crédito à habitação subiu para 0,803% em outubro, segundo os últimos dados do Instituto Nacional de Estatística (INE). Em setembro, o indicador estava nos 0,785%.

Em média, no mês em análise, as famílias deviam 57688 euros devido à compra de casa, mais 354 euros face a setembro. No mesmo sentido seguiu a prestação média, com o “maior aumento desde o início da atual série”: mais 14 euros, para 251 euros.

O INE explica que os resultados de outubro “estão influenciados pelo fim do regime de moratórias bancárias no crédito à habitação, implementadas no contexto da pandemia de Covid-19”. O mecanismo, lançado em abril de 2020, permitiu adiar o pagamento da prestação da casa, originando “reduções na taxa de juro implícita e na prestação média”, acrescenta a entidade.

Apesar dos registos de outubro, os novos contratos de crédito à habitação continuam a ser assinados com juros baixos, não atingindo sequer 1%. Nos acordos celebrados nos últimos três meses, a taxa de juro desceu de 0,702% em setembro para 0,665% em outubro.

Também nos contratos assinados nos últimos três meses, o montante médio do capital em dívida foi de 118416 euros, menos 1032 euros do que o registo de setembro.

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