Ucrânia: jornalistas detidos foram «salvos» por tatuagem de Maradona

7 mar 2022, 14:02
Jornalistas ‘salvos’ por tatuagem de Maradona (instagram)

Enviado especial ao conflito contou como as autoridades deixaram passar a equipa de reportagem após o interrogatório

A trabalhar num cenário de guerra, os jornalistas na Ucrânia são alvos de uma revista rigorosa pelas autoridades daquele país.

O chileno Daniel Matamala tentava atravessar a fronteira quando foi intercetado pela polícia ucraniana, bem como a restante equipa de reportagem. Foram interrogados, para que as autoridades se certificassem que não eram espiões enviados pelos russos e, após várias horas na esquadra, foram libertados graças... a Diego Maradona.

«Hoje, num dos controlos rodoviários, a polícia apreendeu os nossos documentos, câmaras, telefones e escoltaram-nos até à esquadra. Os primeiros interrogatórios foram tensos: é um país em guerra e suspeita-se de espiões ou infiltrados», relatou no Instagram, citado pelo diário Olé.

O enviado especial da Chilevisió revelou, então, como contou com a ajuda da figura do futebol mundial.

«Um dos polícias viu os passaportes dos meus colegas argentinos e disse duas palavras que entendemos: 'Messi' e 'Maradona'. Tudo mudou.»

«O nosso grande operador de câmara mostrou uma tatuagem que tem do Diego Maradona no gémeo. Com isso, a atmosfera mudou muito e graças à mão de Deus e do futebol conseguimos sair dessa situação e chegar [ao destino] sem problemas», assinalou.

A tatuagem pertence a Juan Zamudio, o cameraman, que tem o astro do futebol cravado na pele, com a camisola da albiceleste.

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