Primeiro-ministro disse ainda que "não podemos perdoar a quem não tem perdão" e que vai ser criada uma equipa especializada para investigar incêndios
Foi em jeito de promessa, já no final da sua intervenção após o Conselho de Ministros Extraordinário, que foi presidido por Marcelo Rebelo de Sousa a seu convite, que ficou a mensagem mais forte do primeiro-ministro: “Nós não vamos largar estes criminosos”.
"Não podemos perdoar a quem não tem perdão", já tinha afirmado Luís Montenegro, prometendo ainda "uma equipa especializada para investigar criminalmente incêndios".
Mais uma vez, o primeiro-ministro questionou os recentes incêndios que têm assolado o país assumindo que há "fenómenos naturais" e até "negligências" em alguns casos, mas considerou que "há coincidências a mais".
E, com base nisso, garantiu que "o Estado em nome dos portugueses vai atrás dos responsáveis por estas atrocidades. Não vai largar aqueles que em nome de interesses particulares são capazes de colocar em causa o país, os direitos, liberdades e garantias dos nossos cidadãos", e até "a vida".
Irá reunir com a ministra da Justiça, e também com a Polícia Judiciária, para dentro de algum tempo criar "uma equipa especializada em aprofundar, com todos os meios a investigação criminal à volta dos incêndios florestais".
Sem esquecer os que já foram detidos e condenados, admitiu que os portugueses espera, "uma justiça mais eficaz", não para os pequenos incendiários, mas sim para os "interesses que sobrevoam estas ocorrências".
Mas logo no início da sua intervenção, o Governo fez saber que declarou a situação de calamidade em todos os municípios afetados pelos incêndios nos últimos dias. A lei determina que a situação de calamidade é declarada pelo Governo, mediante resolução do Conselho de Ministros.