Baldios de Folgosinho com prejuízo de 4 milhões devido ao incêndio na Covilhã

Agência Lusa , FMC
12 ago 2022, 14:21
Incêndio na Covilhã (Miguel Pereira da Silva, Lusa)

Presidente da Câmara de Gouveia disse ainda que este incêndio poderá provocar danos nos setores do turismo e da agricultura

Os baldios de Folgosinho, no concelho de Gouveia, registam um prejuízo de quatro milhões de euros (ME) na floresta, face ao incêndio que deflagrou na Covilhã, disse esta sexta-feira o presidente da Câmara Municipal.

“Os baldios de Folgosinho têm um prejuízo de quatro milhões de euros, face a plantações e explorações florestais que estavam em desenvolvimento e que foram perdidas”, afirmou à agência Lusa o presidente da Câmara de Gouveia, Luís Tadeu.

O incêndio, que deflagrou no sábado na Covilhã e que atingiu o concelho de Gouveia a partir de quarta-feira, destruiu zonas de exploração florestal daqueles baldios, a maioria de pinho, aclarou o autarca, salientando a necessidade de haver medidas do Governo para garantir que a madeira ardida pode ser vendida a um preço justo.

Neste momento, no concelho de Gouveia “não há nenhuma frente ativa”, fruto do trabalho dos operacionais durante a noite de quinta-feira para esta sexta-feira, constatou Luís Tadeu.

“Durante a noite, a temperatura baixou muito, aumentou a humidade, e os meios estavam no terreno de prevenção – que foi o que faltou noutros dias” –, salientou.

A frente que ainda estava ativa no concelho e que se dirigia para Freixo da Serra acabou por ser encaminhada pelos operacionais “para uma linha de água” conseguindo controlá-la nesse ponto, esclareceu.

“Se não houver reacendimentos em virtude de ventos fortes e aumento de temperatura, a situação poderá, de uma vez por todas, estar resolvida no concelho de Gouveia”, frisou.

Além do impacto nos baldios, Luís Tadeu chamou a atenção para os danos que este incêndio poderá provocar nos setores do turismo e da agricultura, alertando ainda para a necessidade de medidas de estabilização de emergência no pós-incêndio, para assegurar que as chuvas não trarão “outro tipo de problemas” aos territórios afetados.

O incêndio deflagrou no sábado no concelho da Covilhã e alastrou-se para Manteigas, Gouveia, Guarda e Celorico da Beira.

Com início na madrugada de sábado nos concelhos da Covilhã (distrito de Castelo Branco) e de Manteigas, o fogo atingiu na tarde de quarta-feira também Gouveia e Guarda e passou na quinta-feira, a meio da manhã, para o concelho de Celorico da Beira.

Esta sexta-feira, pelas 12:30, estavam no terreno 1.559 operacionais, apoiados por 457 viaturas e 13 meios aéreos, segundo o sítio na Internet da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil.

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