Serra da Estrela: Proteção civil nega que bombeiros tenham acionado botões de emergência

15 ago 2022, 22:57

Comandante Nacional da Proteção Civil admite que fogo tem tido um "comportamento violento em algumas áreas" e avisa que o combate às chamas não vai ser fácil

O comandante Nacional da Proteção Civil, André Fernandes, negou, esta segunda-feira, que qualquer bombeiro tenha acionado os botões de emergência durante o combate ao fogo da Serra da Estrela. No 'briefing' sobre o ponto da situação, admitiu que este fogo tem tido um "comportamento violento em algumas áreas" e que o combate às chamas não vai ser fácil. Explicou ainda que o reacendimento teve início após três ignições em simultâneo no mesmo vale. 

Relativamente aos bombeiros que chegaram a ser dados como desaparecidos durante algum tempo, André Fernandes explicou que estes eram "um grupo de Aveiro, um grupo de reforços" e que estiveram "a fazer combate efetivo às chamas", mas que nunca acionaram "o botão de emergência".

“É um incêndio com um comportamento violento, em muitas áreas com uma intensidade elevada”, afirmou André Fernandes, na conferência de imprensa na sede nacional da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, em Carnaxide, no concelho de Oeiras (Lisboa). Pelas 22:00 atingia os municípios de Manteigas, Covilhã e Guarda, acrescentou.

A noite será de muito trabalho, já que a "meteorologia não é favorável ao combate" do incêndio: na zona o "vento estava muito forte". Além disso, a "humidade relativa, no principio da noite, ainda era baixa", dificultando o trabalho dos operacionais no terreno.

Por isso mesmo, o responsável esperava "uma noite de combate efetivo às chamas". A estratégia passaria por "salvaguardar a integridade física da população e dos combatentes, tal como proteger bens", garantiu o Comandante Nacional. Para as próximas horas, esperava um "reforço efetivo de meios" e deixou um apelo à população "para não se aproximar das frentes de fogo nas próximas horas", respeitando as indicações das autoridades.

Neste momento, acrescentou, os meios de socorro estão a fazer “o confinamento ou a evacuação das diferentes aldeias que se encontram na linha de fogo”. No terreno estavam, às 22:30, 721 homens apoiados por mais de 200 veículos.

André Fernandes explicou ainda que o reacendimento teve início após "três ignições em simultâneo no mesmo vale", acrescentando que a GNR irá investigar o sucedido. 

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