Um casal idoso e a sua filha foram as vítimas mortais deste incêndio provavelmente causado por uma braseira
Um homem de 80 anos e duas mulheres, de 74 e 56 anos, morreram esta madrugada na sequência de um incêndio numa habitação em Sabrosa, no distrito de Vila Real.
As vítimas eram um casal já idoso e a sua filha, que não terão conseguido sair de casa quando o incêndio deflagrou, apurou a CNN Portugal no local. Dois jovens de 16 e 20 anos conseguiram escapar ilesos, confirmou o comandante José Barros, dos Bombeiros Voluntários de Sabrosa.
O incidente está a ser investigado pela Polícia Judiciária, mas, segundo o comandante dos Bombeiros, "tudo leva a crer que a causa do incêndio tenha sido um sistema de aquecimento, provavelmente uma braseira" que estava num dos quartos.
“A combustão foi muito violenta e não conseguimos perceber exatamente o que é que foi, mas provavelmente uma braseira”, apontou.
O alerta para o incêndio foi dado às 05:03, de acordo com as informações do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS).
O comandante explicou que quando os operacionais chegaram ao local a casa, que descreveu como sendo velha e com muito combustível disponível, já estava completamente tomada pelas chamas. “Foi muito difícil entrar, estava uma temperatura enorme, muito fumo e tivemos que proceder a manobras de ventilação para criar condições para conseguirmos entrar, mas de nada adiantou”, referiu.
No local estiveram 23 operacionais, entre Bombeiros Voluntários de Sabrosa, Guarda Nacional Republicana (GNR) e Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), com o apoio de 11 veículos. Neste momento, o incêndio já está extinto.
Proteção Civil prepara realojamento dos sobreviventes
A Proteção Civil Municipal de Sabrosa está a preparar o realojamento dos dois jovens que conseguiram sair ilesos da casa o incêndio provocou a morte à sua mãe e avós, segundo o vereador responsável.
O vereador da Proteção Civil de Sabrosa, António Araújo, disse à agência Lusa que os serviços municipais fizeram o acompanhamento da situação desde o início, nomeadamente dos dois jovens de 16 e 20 anos que conseguiram sair da habitação e que deram o alerta para o incêndio. O responsável contou que os dois jovens relataram que saíram da casa por uma janela.
“Acionámos logo os serviços de ação social, que compareceram no local para dar apoio psicológico a esses jovens e outros familiares, que entretanto chegaram”, referiu António Araújo.
Segundo o responsável foram mobilizados psicólogos da autarquia, também do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) e ainda elementos da Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ).
“Estamos neste momento a preparar o realojamento do menor e do irmão e a fazer o acompanhamento de todos os familiares diretos. Esta família está toda destroçada”, frisou o responsável.
