Candidato a bombeiro ateou dois fogos e causou 630 mil euros de danos

6 out, 06:03
Justiça

REVISTA DE IMPRENSA || Homem confessou o crime à namorada por mensagem

Um homem de 29 anos acusado de provocar o incêndio que, em setembro do ano passado, destruiu parte do monte de São Mamede, em Frades, Póvoa de Lanhoso começou a ser julgado no Tribunal de Braga.

De acordo com o Jornal de Notícias, o arguido, residente em Verim, sonhava ser bombeiro e chegou a candidatar-se à corporação local, mas nunca foi aceite. Pouco tempo depois, ateou dois focos de fogo na zona, causando prejuízos avaliados em 630 mil euros.

O incêndio, um dos mais graves de 2024, obrigou à evacuação de dezenas de casas, de uma escola e de um lar de idosos, mobilizando várias corporações e meios aéreos. Segundo a investigação da GNR, o homem usou um isqueiro para iniciar as chamas e, momentos depois, enviou mensagens à namorada a assumir a autoria do fogo. Para além disso, de acordo com a acu­sa­ção, foi o arguido quem aler­tou os cli­en­tes da bomba para o incên­dio no monte de São Mamede.

Depois de provocar o fogo, ainda participou nas operações de combate, tentando integrar-se entre os bombeiros que sempre admirou. As chamas destruíram áreas agrícolas, industriais e públicas, com destaque para o reservatório de água de Ajude, Friande e Verim, onde os danos ultrapassaram 190 mil euros, e para a empresa Navigator, que registou perdas de cerca de 400 mil euros.

O arguido aguarda julgamento em prisão preventiva.

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