Incêndio na Madeira "terá tido origem no lançamento de foguetes", diz PJ

29 ago, 15:37

Polícia Judiciária já identificou "responsáveis pelo lançamento dos foguetes"

O incêndio que lavrou na Madeira durante 13 dias "terá tido origem no lançamento de foguetes", sugere a Polícia Judiciária (PJ).

Em comunicado enviado às redações, a PJ esclarece que, na sequência de "diligências de investigação realizadas pelo Departamento de Investigação Criminal da Madeira, apurou que tal incêndio terá tido origem no lançamento de foguetes".

A investigação, que ainda está em curso, contou com a "recolha de depoimentos com relevo, análises de circunstâncias, informação meteorológica, informação oficial de várias entidades, bem como análise indiciária de vários elementos", informações que permitiram, no seu conjunto, "identificar quer o local, quer os responsáveis pelo lançamento dos foguetes".

Assim, a PJ informou "oportunamente" a autoridade judiciária competente sobre as diligências levadas a cabo.

O incêndio deflagrou no dia 14 nas serras do município da Ribeira Brava, propagando-se progressivamente aos concelhos de Câmara de Lobos, Ponta do Sol e Santana, tendo sido dado como “completamente dominado” no dia 26.

A Polícia Judiciária está a investigar as causas do incêndio, com o presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque, a assumir desde o início que se tratou de "fogo posto".

Dados do Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais apontam para mais de 5.104 hectares de área ardida.

Durante os dias em que o fogo lavrou, as autoridades deram indicação a perto de 200 pessoas para saírem das suas habitações por precaução e disponibilizaram equipamentos públicos de acolhimento, mas muitos moradores foram regressando a casa.

O combate às chamas foi dificultado pelo vento e pelas temperaturas elevadas, mas, segundo o Governo Regional, não há registo de feridos ou da destruição de casas e infraestruturas públicas essenciais, embora algumas pequenas produções agrícolas tenham sido atingidas, além de áreas florestais.

A Polícia Judiciária continua a investigar as causas do incêndio, mas Miguel Albuquerque disse tratar-se de fogo posto.

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