Segurança Social: contribuições dos imigrantes bateram recorde em 2021

21 dez 2022, 07:21
Segurança Social

REVISTA DE IMPRENSA. “Globalmente, a população estrangeira residente em Portugal tem um papel importante para contrabalançar as contas do sistema de Segurança Social, contribuindo para um relativo alívio do sistema e para a sua sustentabilidade”, refere um relatório do Observatório das Migrações

As contribuições dos imigrantes para a Segurança Social no ano passado atingiram um novo máximo. No total, esta faixa da população contribuiu com 1293,2 milhões de euros.

Os dados constam dos Indicadores de Integração de Imigrantes do Relatório Estatístico Anual 2022 do Observatório das Migrações, citado pelo Público na sua edição desta quarta-feira. O valor supramencionado foi pago por 475.892 indivíduos, o “número mais elevado de sempre, representando 10,1% do total de contribuintes de Portugal”, sendo que os estrangeiros compõem 6,8% da população residente no país.

“Globalmente, a população estrangeira residente em Portugal tem um papel importante para contrabalançar as contas do sistema de Segurança Social, contribuindo para um relativo alívio do sistema e para a sua sustentabilidade”, refere-se no relatório.

Apesar disto, o jornal refere que os imigrantes “têm o maior peso nos acidentes de trabalho e um maior risco de pobreza e exclusão social”, muito devido às atividades em que normalmente trabalham, muito marcadas pela precariedade.

Em relação à perceção dos imigrantes, o Observatório das Migrações conclui que os portugueses têm, na sua maioria, uma boa imagem desta população – apenas 2% dos inquiridos pelo Eurobarómetro em 2021 referiram a imigração como o principal problema a enfrentar pelo país.

Portugal é, também, um dos países onde é menos provável que os inquiridos afirmem que a imigração é um problema; de acordo com o mesmo estudo, somente 22% têm essa opinião.

No entanto, os portugueses têm uma perceção errada do número de imigrantes no total da população; a média das respostas dos inquiridos apontava para que os estrangeiros compusessem 20,6% da população residente em Portugal, número bastante longe do real, os já referidos 6,8%.

Numa outra análise deste instituto, referente ao ano passado, 80% dos portugueses inquiridos consideram que o “fomento da integração dos imigrantes é um investimento necessário para o país a longo prazo”.

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