Câmara tem em curso trabalhos de recuperação e revela que a SAD tem uma dívida de mais de 140 mil euros
A Câmara de Leiria divulgou, esta sexta-feira, que estão em curso os trabalhos para a recuperação do relvado do estádio Dr. Magalhães Pessoa, que foi interditado após o concerto Rockin’1000.
Segundo o município, o campo «já demonstra sinais de melhoria».
Recorde-se que a União de Leiria terá de disputar os dois próximos jogos em casa na II Liga em Rio Maior, devido à degradação do relvado. O município, segundo o clube, tinha dado «garantias» de que o evento «não iria inviabilizar a realização dos jogos em casa». Contudo, «o relvado ficou sem condições, tendo sido interditado pela Liga Portugal para qualquer tipo de atividade».
Já a autarquia, liderada por Gonçalo Lopes, esclareceu que «o objetivo é restabelecer as condições ideais para a prática de futebol o mais brevemente possível» e «sem a necessidade de uma substituição total», sendo que o tapete «já demonstra sinais de melhoria». O custo da intervenção ainda não está definido.
O município lembrou que tem financiado e assegurado a «boa manutenção do estádio, nomeadamente ao nível da segurança, iluminação, cobertura, ecrãs, sistema elétrico, trabalhos de conservação corrente».
Segundo a Câmara, o estádio «representa o maior investimento público feito» no concelho, sendo «imperioso encontrar estratégias que garantam a sua rentabilização, para além do futebol». A autarquia destaca ainda que «o impacto económico direto da realização deste concerto foi de três milhões de euros».
A SAD da União de Leiria, de acordo com o município, tem uma dívida acumulada à Câmara pelo uso do Estádio Dr. Magalhães Pessoa de cerca de 141 mil euros, valor relativo a faturas que remontam ao final de 2022.
Por cada jogo, «o valor cobrado é de 1.845 euros», enquanto «o arrendamento do espaço onde está instalada a sede da SAD tem um custo mensal de 1.700 euros».
Entretanto, decorre um «processo de negociação com a SAD para regularizar as dívidas devidas».