Ex-diretora do SEF arrisca mandado de detenção: faltou sem dizer porquê ao julgamento da morte de Ihor Homeniuk

26 set, 10:14
Controlo nas fronteiras terrestres (Lusa/Nuno Veiga)

REVISTA DE IMPRENSA || Cristina Gatões demorou cinco dias a comunicar a morte de Ihor Homeniuk

Cristina Gatões, que era diretora nacional do extinto Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) em março de 2020, não compareceu ao julgamento sobre a morte de Ihor Homeniuk. Arrolada como testemunha da acusação, Cristina Gatões não compareceu no Juízo Criminal de Lisboa nem deu qualquer justificação para a ausência, informa o Diário de Notícias.

De acordo com o jornal, a juíza Hortense Martins, que preside a este segundo julgamento sobre a morte de Ihor Homeniuk ordenou que a testemunha faltosa seja agora notificada por órgão de polícia criminal para se apresentar no tribunal. Se voltar a faltar serão emitidos “os competentes mandados de detenção”

O DN explica que o Ministério Público (MP) ponderou acusar Gatões do crime de denegação de justiça e prevaricação pelo facto de não ter, como era sua obrigação, comunicado a morte de Ihor à Inspeção Geral da Administração Interna (IGAI) mal teve dela conhecimento. A justificação da ex-diretora nacional para só ter notificado a IGAI cinco dias depois é que quereria perceber se tinha havido “maus-tratos ou violência”, diz o jornal. No entanto, não ordenou qualquer averiguação interna; limitou-se a pedir ao responsável pelo SEF do aeroporto de Lisboa, o diretor de Fronteiras de Lisboa António Sérgio Henriques, que fosse ver o que se tinha passado e lhe reportasse. O MP acabou por considerar que não se justificava acusar Gatões. 

 

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