Diocese do Algarve já tinha investigado um dos padres que consta na lista: o processo foi arquivado pela Igreja

CNN Portugal , MJC
9 mar 2023, 11:41
Igreja, religião, padres, missa, celebração, crucifixo. Foto: AP Photo/Thibault Camus

Comissão de Investigação de Abusos Sexuais identificou dois padres suspeitos no Algarve: um já foi investigado e o outro não faz parte dos registos desta diocese

Um dos padres identificados pela Comissão Independente como sendo suspeito de abuso sexual de menores na região do Algarve foi investigado em 2021 por esta diocese, tendo esta concluído que o caso deveria ser arquivado.

"Um dos nomes refere-se a um caso que a Diocese do Algarve teve conhecimento em outubro de 2021 e que desencadeou imediatamente a investigação prévia, com informação ao Ministério Público, cujo resultado foi enviado para a Santa Sé, a qual, após a análise do processo, indicou que o mesmo devia ser arquivado", esclarece o comunicado enviado pela diocese às redações.

Quanto ao segundo nome indicado na lista entregue pela Comissão Independente para o Estudo dos Abusos Sexuais na Igreja em Portugal, "não corresponde a nenhum sacerdote incardinado na Diocese do Algarve, nem se encontra nos arquivos diocesanos alguma referência a seu respeito". A Diocese já informou a Comissão Independente (Grupo de Investigação Histórica) desta ocorrência.

O bispo do Algarve convocou, esta quinta-feira, todo o clero da diocese para uma assembleia-geral "destinada a estudar medidas para prevenir a possibilidade de ocorrência de abusos no futuro, quer envolvendo menores, quer adultos vulneráveis, a partir da legislação civil e canónica em vigor". Segundo o comunicado, "pretende-se alargar esta ação de formação a todos os agentes diocesanos de pastoral".

Em reação à divulgação do relatório da comissão, o bispo do Algarve, Manuel Quintas, afirmou que "ninguém pode abafar ou ignorar este grito", que nos remete para "uma realidade inqualificável". A Igreja é chamada a "assumir a responsabilidade que essa verdade reclama", disse. Nesse sentido, a diocese do Algarve e o seu bispo garantiram que tudo farão para que sacerdotes e demais agentes de pastoral recebam informação e formação sobre este assunto, com o objetivo de criar uma "cultura do cuidado e da transparência" em todas as instituições diocesanas.

 

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