Relatório final do governo espanhol esclarece que o primeiro disparo detetado ocorreu em Granada, a cerca de 500 km a sudeste de Badajoz
Após semanas de especulação sobre as causas do grave apagão que afetou a Península Ibérica no passado dia 28 de abril, uma nova atualização do governo espanhol lança luz sobre a complexidade do incidente e coloca em causa a ideia de que a origem esteve na central Núñez de Balboa, da Iberdrola, localizada em Badajoz.
Segundo o relatório técnico final, divulgado na última semana, “não foi identificada uma falha única que, por si só, explique a queda do sistema”, admitindo-se antes que o colapso elétrico se deveu a uma “cadeia de acontecimentos” de elevada complexidade.
A investigação, que envolveu a Red Eléctrica Española (REE) e peritos independentes, concluiu que “foi uma combinação de condições que levou o sistema ao limite, desencadeando uma reação em cadeia”.
Contrariando as primeiras informações avançadas por fontes técnicas e pela imprensa espanhola – que apontavam para a central da Iberdrola como ponto de partida do incidente, o relatório esclarece que o primeiro disparo detetado ocorreu em Granada, a cerca de 500 km a sudeste de Badajoz.
Anteriormente a Iberdrola, questionada pelo jornal espanhol elDiario.es, já havia rejeitado qualquer responsabilidade, acusando, assim como o executivo espanhol, a REE de uma gestão "imprudente e negligente”.
Por outro lado, a elétrica espanhola defende que cumpriu todos os protocolos estabelecidos de forma “impecável” e criticou a operadora por não ter conseguido controlar o sistema face às perturbações.
