Gil Vicente-Belenenses, 2-0 (crónica)

Nuno Dantas , Estádio Cidade de Barcelos
19 fev 2022, 17:35
Gil Vicente-Belenenses

Lanterna vermelha ilumina galo europeu

Chegar às competições europeias é cada vez mais um sonho possível de alcançar. O Gil Vicente continua a caminhada triunfante na I Liga, já lá vão oito jogos sem perder, e desta vez foi iluminado pelo lanterna vermelha do campeonato. E nem a ausência do melhor marcador da equipa, Fran Navarro, assustou o galo.

Juan Calero e Élder Santana, substitutos naturais do avançado espanhol, marcaram os golos que deram o triunfo à formação barcelense. O colombiano foi, pela primeira vez, titular e abriu o caminho para a vitória. O brasileiro entrou para o seu lugar e, na primeira oportunidade, selou o resultado. Os galos estão a apenas um ponto do 4.º lugar, ocupado pelo Sp. Braga.

Já o Belenenses não conseguiu dar sequência ao triunfo da jornada anterior e continua na cauda da tabela. No primeiro tempo os do restelo ainda conseguiram anular os da casa, mas na etapa complementar nada puderam fazer perante a superioridade da turma de Barcelos.

Má primeira parte

A primeira parte foi fraca e uma má propaganda para a I Liga. As duas equipas encaixaram e nunca se conseguiram soltar das amarras, jogando-se sempre muito longe das balizas. Além disse, as duas equipas sentiam dificuldades em ligar o jogo, perdendo muitas bolas e errando muitos passes.

Ricardo Soares iniciou o encontro com duas alterações em relação à partida em Vizela. O melhor marcador dos galos, Fran Navarro, que viu o 5.º amarelo nesse encontro, ficou de fora e foi rendido por Calero; Henrique Gomes, eleito o homem do jogo frente ao Vizela, também saiu para fazer regressar Talocha. Já Franclim Carvalho apostou na mesma equipa que saiu vencedora do jogo frente ao Vitória de Guimarães.

Quase podíamos puxar o filme à frente até a minuto 35’, altura em que Luiz Felipe ficou com as mãos a arder depois de parar uma bomba de Pedrinho. Antes, só a substituição de Cafú Phete, por Danny, é digna de registo. Até ao descanso, Lino ia ficar perto do golo, mas o remate saiu a rasar o poste. E foi tudo.

Galo cantou mais alto

No reatamento, apareceu o galo que, esta temporada, deixa os adeptos barcelenses a vibrar. O Gil Vicente assentou o jogo, começou a ter mais paciência e encostou os de belém à sua área. Franclim Carvalho fez duas alterações ao intervalo, tentando dar mais profundidade ao ataque, mas a tentativa não passou disso mesmo.

Luiz Felipe ia adiando o golo gilista, contudo o destino estava traçado. Primeiro foi à relva parar o remate de Pedrinho. Depois, Talocha e Samuel Lino também ficaram perto de abrir o marcador de cabeça. Em ambos os casos, o esférico passou perto do poste. No Estádio Cidade de Barcelos cheirava a bifanas… e a golo, que surgiu a 20 minutos do fim.

Numa altura em que Ricardo Soares se preparava para fazer duas alterações, Zé Carlos inventou a jogada, tabelou com Samuel Lino que assistiu Calero para o golo inaugural. Estreia de sonho a titular do avançado colombiano, que tinha a difícil tarefa de fazer esquecer Navarro.

Com mais tranquilidade, o Gil Vicente começou a deliciar os adeptos com jogadas vistosas, toques habilidosos e, claro, com mais golos. Antes, o técnico gilista tirou o autor do golo e lançou Élder Santana – assim como Matheus Bueno e Bilel. E seria mais um candidato a substituto de Fran Navarro a mostrar credenciais.

Zé Carlos, uma vez mais, inventou a jogada e assistiu o avançado brasileiro para o 2-0. Excelente cabeçada a não dar hipóteses ao guardião dos de restelo. Até ao final, deu para os adeptos da casa ensaiar alguns “olés”, porém o marcador não voltou a mexer.

Veja o resumo do jogo:

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