Unidades de Saúde de Setúbal reagendam consultas após ataque informático ao Garcia de Orta

Agência Lusa , JGR
28 abr 2022, 19:49
Hospital Garcia de Orta: piratas informáticos exigem pagamento de resgate após sequestrarem sistema informático

ARSLVT garante que as unidades “estão a conseguir assegurar as consultas do dia/urgentes a todos os utentes”, apesar de reconhecer o constrangimento provocado pela limitação de acesso à Internet

A Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo admitiu esta quinta-feira que algumas Unidades de Saúde de Setúbal estão a reagendar consultas programadas, devido a medidas cautelares implementadas após o ataque informático ao Hospital Garcia de Orta.

“As consultas programadas […] estão a ser realizadas/ajustadas de acordo com a informação clínica disponível”, refere a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT), numa resposta escrita enviada à Lusa, depois de questionada sobre a não realização de consultas programadas na Unidade de Saúde Familiar da Praça da República, em Setúbal, desde terça-feira.

Ainda segundo a ARSLVT, “fruto do ataque informático de que o Hospital Garcia de Orta [em Almada] foi alvo, e como medida cautelar, os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde em articulação com a ARSLVT, vedaram o acesso à Internet das unidades de saúde dos Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES) Almada/Seixal (Amora), Arco Ribeirinho (Barreiro) e Arrábida (São Sebastião) e procederam a um varrimento com um antivírus, de modo a detetar eventuais inconformidades no sistema, que felizmente não se vieram a verificar”.

Apesar de reconhecer o constrangimento provocado pela limitação de acesso à Internet, a ARSLVT garante que as Unidades de Saúde “estão a conseguir assegurar as consultas do dia/urgentes a todos os utentes”.

A ARSLVT esclarece ainda que “nenhuma Unidade de Saúde da região de Lisboa e Vale do Tejo foi alvo de um ataque informático, exceto o Hospital Garcia de Orta, como foi tornado público”, garantindo estar a “envidar todos os esforços para que a situação normalize o mais rápido possível”.

A ARSLVT não adianta, contudo, nenhuma data para a normalização dos serviços.

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