Há quem finja estar doente para conseguir uma refeição nas urgências dos hospitais

14 out 2022, 07:56
Ambulância. Foto: AP

REVISTA DE IMPRENSA. Procura de refeições nos hospitais não é nova, mas a crise que se avizinha poderá agravar o fenómeno

Há quem vá às urgências de um hospital fingir-se doente para conseguir uma refeição. A notícia é hoje avançada pelo semanário Expresso, que indica que a procura de uma refeição gratuita no hospital não é nova, mas é regular, e que a crise económica que se avizinha poderá agravar o fenómeno. 

Segundo o semanário, a região Norte será, aparentemente, a menos exposta e algumas unidades hospitalares já terão mesmo pessoas sinalizadas que reincidem neste comportamento: ao semanário, os responsáveis pelas urgências dizem que quem vai ao hospital para comer não são os idosos e que, por normal, fazem queixas gerais, sem gravidade, permanecendo em observação até à hora de distribuição de comida.

Portalegre, Castelo Branco, Beja ou Lisboa são algumas das localidades que reportam casos deste género. Além de uma refeição, há também quem procure companhia quando vai ao hospital. "Temos a clara noção de que há doentes que aqui vêm para alimentação e companhia. Fazem queixas que não o são verdadeiramente e vão ficando. Ainda recentemente  tivemos um doente que comeu a sopa sofregamente e logo depois se foi embora", disse ao Expresso um elemento da enfermagem do Hospital Amadora-Sintra.

O semanário assinala que a crise poderá fazer aumentar a procura dos hospitais por fome ou necessidade de companhia e os administradores hospitalares estão atentos. "Há referência a casos, que sempre existiram, mas não temos a perceção de que seja um fenómeno em crescimento, disse ao Expresso Xavier Barreto, presidente da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares.

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