Hospital de Almada espera repor normalidade informática "nos próximos dias"

Agência Lusa , JGR
28 abr 2022, 22:02
Garcia de Orta e Hospital de Santiago do Cacém alvos de ciberataque

"As consultas subsequentes serão reagendadas oportunamente" afirma a gestão do Garcia de Orta

O hospital de Almada disse esta quinta-feira esperar restabelecer a normalidade informática "nos próximos dias", após o ataque cibernético de segunda-feira, e voltou a apelar à população para só se deslocar aos serviços se for "estritamente necessário".

O Hospital Garcia de Orta (HGO) "conta com a colaboração de equipas de peritos e especialistas internos e externos" para "restabelecer a normalidade da rede informática e dos servidores, que se prevê que seja gradual e decorra nos próximos dias", segundo um comunicado desta unidade hospitalar do distrito de Setúbal.

"A infraestrutura [informática] do HGO é independente, não estando em rede ou sendo partilhada com nenhum outro hospital", lê-se na mesma nota divulgada pelo gabinete de comunicação do hospital.

Dados dos utentes podem não ter sido comprometidos

"Não há evidência" até hoje "que os dados dos utentes tenham sido comprometidos", acrescenta o hospital.

Quanto à atividade clínica, o HGO diz que os registos estão a ser feitos em papel e que "até que a normalidade seja restabelecida, mantém-se a realização das primeiras consultas [consulta de primeira vez]".

"As consultas subsequentes serão reagendadas oportunamente", acrescenta.

A atividade cirúrgica programada e de ambulatório tem sido assegurada e os "exames e análises prioritários estão a ser garantidos através de prescrição manual".

"Os doentes que necessitem de medicação de cedência exclusivamente hospitalar deverão dirigir-se como habitualmente aos Serviços Farmacêuticos, solicitando-se, todavia, que se façam acompanhar dos respetivos receituários em papel/caixas de medicamentos", informa o hospital.

Quanto à urgência, o Garcia de Orta "apela à população de Almada e do Seixal que contacte, em primeiro lugar, a linha SNS 24", o médico assistente ou o respetivo centro de saúde, para evitar "tempos de espera maiores" nos serviços de urgência, "atualmente condicionados na capacidade de resposta".

"Para agilizar a resposta a doentes adultos e crianças, em situação de urgência ou emergência", o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) está já a encaminhar os utentes para outros hospitais da região de Lisboa e Vale do Tejo.

"Neste contexto, apela-se aos utentes que se desloquem ao HGO apenas se estritamente necessário, de forma a não sobrecarregar os Serviços de Urgência, que mantêm a sua atividade, apesar dos constrangimentos", pede o Garcia de Orta.

Na terça-feira, o HGO revelou ter sido alvo de um ataque informático na noite anterior e assegurou que foi mantida "praticamente toda a atividade clínica", com exceção das consultas externas.

No entanto, face às dificuldades impostas pelo ataque informático, o HGO apelou logo naquele dia aos utentes para se deslocarem ao hospital apenas se estritamente necessário, de forma a não sobrecarregar o Serviço de Urgência.

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