Ataque informático: Garcia de Orta garante que os dados dos utentes não foram comprometidos

CNN Portugal , MJC
28 abr 2022, 20:06
Hospital Garcia de Orta: piratas informáticos exigem pagamento de resgate após sequestrarem sistema informático

Em comunicado, o hospital informa que "mantém ativado o seu plano de contingência e está a realizar todos os esforços para minimizar o seu impacto, junto de utentes e profissionais"

O Hospital Garcia de Orta (HGO), em Almada, garante que, até ao momento, "não há evidência que os dados dos utentes tenham sido comprometidos", após o ataque informático ocorrido na terça-feira.   

Em comunicado, o hospital informa que "mantém ativado o seu plano de contingência e está a realizar todos os esforços para minimizar o impacto, junto de utentes e profissionais".

Relativamente à atividade clínica, todos os serviços do HGO ativaram os seus planos de contingência, estando assegurados os registos clínicos em suporte de papel e até que a normalidade seja restabelecida, mantém-se a realização das primeiras consultas (consulta de primeira vez). As consultas subsequentes serão reagendadas oportunamente, garante a instituição, sublinhando que "tem sido possível assegurar a atividade cirúrgica programada e de ambulatório. Exames e análises prioritários estão a ser garantidos através de prescrição manual".  

Assim, em caso de doença aguda, o HGO apela à população de Almada e do Seixal que, contacte, em primeiro lugar, a linha SNS 24, aconselhe-se com o médico assistente ou contacte o seu centro de saúde, para uma assistência de maior proximidade e celeridade. "Dessa forma, evitam-se tempos de espera maiores nos diferentes Serviços de Urgência do Hospital, atualmente condicionados na capacidade de resposta".   

"O HGO conta com a colaboração de equipas de peritos e especialistas internos e externos, atualmente a trabalhar no plano de recuperação da infraestrutura, para restabelecer a normalidade da rede informática e dos servidores, que se prevê que seja gradual e decorra nos próximos dias. A infraestrutura do HGO é independente, não estando em rede ou sendo partilhada com nenhum outro hospital."

O hospital aproveita ainda para explicar que o ataque informático de que foi alvo "decorre de um malware que se propaga de forma viral, designado ransomware. O referido “pedido de resgate” consiste numa mensagem automática gerada pelo próprio vírus". O HGO mantém-se em contacto com o Centro Nacional de CiberSegurança (CNCS) e com a Polícia Judiciária, "que estão a dar o respetivo seguimento nos trâmites preconizados para ataques cibernéticos". 

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