Homem de 78 anos desaparece após ser assistido no hospital de Torres Novas

Agência Lusa , BMA
10 jul 2022, 23:27
INEM

Sobrinha do doente de Alzheimer diz que família não foi informada da alta hospitalar. Centro Hospitalar do Médio Tejo indica que idoso “abandonou voluntariamente o serviço de urgência”

Um homem de 78 anos, doente de Alzheimer, está desaparecido, desde quarta-feira, depois de ter sido assistido nas urgências do hospital de Torres Novas, no distrito de Santarém, disseram este domingo a família e a unidade hospitalar.

Em declarações à agência Lusa, Isilda Neves, sobrinha do idoso, contou que o homem foi transportado pelos bombeiros para o hospital de Torres Novas, na quarta-feira, e que, desde então, é desconhecido o seu paradeiro.

O idoso “teve alta às 18:00” de quarta-feira e, a partir do momento em que ele saiu do hospital, nunca mais ninguém soube dele”, realçou esta familiar, assinalando que o homem é doente de Alzheimer.

Isilda Neves salientou que, apesar de terem sido fornecidos contactos, a família não foi informada sobre a alta hospitalar e só no dia seguinte quando tentou obter informações sobre o estado de saúde do homem é que deu conta do desaparecimento.

Questionado pela Lusa através de correio eletrónico, o Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT), que integra as unidades de Torres Novas, Tomar e Abrantes, indicou que o idoso “abandonou voluntariamente o serviço de urgência”.

“Com a sua situação clínica estabilizada, o utente abandonou voluntariamente o serviço de urgência” da unidade de Torres Novas, “sem aviso a qualquer profissional de saúde, enquanto aguardava a alta médica na sala de espera”, precisou.

O CHMT notou que foi realizada “uma alta administrativa no final” do dia da passada quarta-feira, como habitualmente acontece “nos casos de abandono voluntário do serviço de urgência por parte dos utentes”.

Segundo o centro hospitalar, o Serviço de Urgência da Unidade de Torres Novas prestou “assistência médica a este utente”, ao início da tarde de quarta-feira, na sequência de “um conflito que alegadamente o envolveu”.

“Aquando da triagem, o utente apresentava todos os sinais vitais estáveis, sem quaisquer queixas ou dor” e, durante esta avaliação, “manteve-se consciente, colaborante e cognitivamente íntegro”, adiantou.

Já na observação médica, disse, “não houve nenhuma alteração e nem se registou evidência de alteração comportamental”.

Na resposta à Lusa, o centro hospitalar referiu que “apenas teve conhecimento do desaparecimento” do idoso na sexta-feira, após sinalização da família às autoridades, tendo colaborado com a investigação.

O CHMT frisou que se mantém “cooperante para quaisquer diligências que sejam necessárias”, destacando que foram efetuadas voluntariamente “buscas em toda a Unidade de Torres Novas e perímetro exterior”.

A instituição hospitalar expressou ainda a sua “solidariedade à família neste momento de grande preocupação e ansiedade”.

Também em declarações à Lusa, uma fonte da PSP limitou-se a adiantar que foram dadas indicações às forças de segurança e bombeiros para tentar localizar o idoso desaparecido.

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