Os profissionais de saúde pedem ainda "que se mantenha a serenidade que uma situação destas exige”
A Ordem dos Médicos considera que é imperativo manter-se a “serenidade” perante a morte da criança de 6 anos que deu entrada no Hospital de Santa Maria uma semana depois de ser vacinada com uma dose pediátrica da vacina da Pfizer, mas não resistiu a uma paragem cardiorrespiratória.
Através de um comunicado, os médicos apelam “a que se mantenha a serenidade que uma situação destas exige”, reiterando que “é necessário aguardar pelas conclusões da equipa forense, nomeadamente pelos resultados da autópsia médico-legal e potenciais exames toxicológicos”.
“A Ordem dos Médicos continuará a acompanhar a situação e apela a uma rápida atuação de todas as autoridades competentes para esclarecimento cabal dos factos”, pode ler-se no comunicado.
Até que um “esclarecimento cabal dos factos” não se verifique, A Ordem dos médicos expressa as “suas condolências a toda a família e solidariedade neste momento tão difícil”.
Não se sabe ainda se há qualquer ou nenhuma relação entre a morte e a toma da vacina. O estabelecimento de saúde pediu já a realização urgente de uma autópsia, que deve ocorrer nos próximos dias, depois de ultrapassados todos os trâmites legais.
Só com esta autópsia será possível perceber o que sucedeu. Através de técnicas de medicina legal, os médicos irão determinar o que levou a que, pouco depois de ter testado positivo à covid-19 e uma semana depois de ser vacinado, o rapaz de seis anos tivesse tido uma paragem cardiorrespiratória.
Nenhuma possibilidade está afastada, segundo explicaram à CNN Portugal várias fontes. Por ter sido vacinado recentemente, e por as reações adversas poderem ocorrer algum tempo depois da administração da vacina, o Instituto Nacional da Farmácia e do Medicamento (Infarmed) foi imediatamente notificado, como é obrigatório que aconteça.