Hospital acusado de perder o rasto a mulher de 78 anos com múltiplas fraturas. A filha encontrou-a "cheia de fome" e com "um papel em cima"

7 mai, 22:15

Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental garante que a doente teve sempre o acompanhamento adequado à situação clínica

O Hospital de Egas Moniz, em Lisboa, está a ser acusado de ter perdido o rasto de uma mulher, de 78 anos, durante várias horas.

Tudo começou no sábado de manhã, quando Elisabete Rodrigues sofreu um acidente de viação e foi transportada, com múltiplas fraturas, para o Hospital de São Francisco Xavier, em Lisboa. Três dias depois, teve de fazer um exame no Hospital de Egas Moniz, que pertence ao mesmo centro hospitalar.

Quando chegou ao Hospital de Egas Moniz, a filha de Elisabete não queria acreditar no que estava a acontecer: ninguém sabia do paradeiro da mãe. 

“Cheguei aqui e o nome da minha mãe não aparecia em lado nenhum. Não havia indicação sequer de que ela tivesse entrado no hospital [de Egas Moniz]. Pedi ajuda a uma enfermeira para que fosse ao sistema, o nome da minha mãe não aparecia em neurocirurgia", conta à TVI (do mesmo grupo da CNN Portugal) a filha de Elisabete, Helena.

Voltou a contactar o Hospital São Francisco Xavier, que garantiu que a mãe tinha sido transferida para o Hospital de Egas Moniz. “Eu até a polícia chamei. Ninguém me sabia dizer nada e eu já tinha corrido os corredores todos."

Passadas várias horas sem saber do paradeiro da mãe, Helena acabou por encontrar a mãe num corredor do Egas Moniz: “A minha mãe estava lá num corredor sozinha, com um papel em cima, (...) a dizer que tinha entrado às 12:20 neste hospital [Egas Moniz], que tinha feito uma ressonância magnética às 14:00 e que o departamento da ressonância magnética já tinha enviado três e-mails para o serviço de transporte - portanto, uma ambulância - para vir recolher a minha mãe para ir de volta para o São Francisco Xavier”.

Helena diz que a mãe "estava consciente, cheia de fome", pois não comia desde domingo. A família diz que vai apresentar queixa contra o Hospital de Egas Moniz.

Contactado pela TVI (do mesmo grupo da CNN Portugal), o Centro Hospitalar Lisboa Ocidental garante que a doente teve sempre o acompanhamento adequado à situação clínica e acrescenta que a transferência para o Hospital de Egas Moniz foi comunicada à utente e ao familiar de referência.

País

Mais País
IOL Footer MIN